A senteça do juiz Edson Mendonça, da Vara da Fazenda Pública, concordando com o promotor Gustavo Mereles Diaz, da Moralidade, determinou a suspensão dos trabalhos em andamento relativos a nova ponte projetada para a cidade. E gerou, nesta manhã de quinta, uma demorada explicação pública do prefeito Napoleão Bernardes, sobre o projeto, para uma platéria formada por secretários, vereadores, servidores públicos e jornalistas. O resumo, é que vai recorrer e tentar derrubar a liminar no Tribunal de Justiça.
Era para ser uma entrevista coletiva, mas, foi, mesmo, uma apresentação do projeto da nova ponte ligando as ruas Alwim Schrader e Paraguai. O Ministério Público alega que a população não foi ouvida e que a licitação para contratar estudos de impacto de vizinhança, ambiental e de engenharia foi irregular. A prefeitura contesta: houveram audiências para discutir a nova ponte, abertas a engenheiros, arquitetos, empresas e público, em fevereiro, março e abril deste ano. Quanto à licitação, Napoleão Bernardes enfatiza: foi cumprido rigorosamente o que diz a legislação. "Entre as diversas opções de liticação, optamos pela que leva em conta técnica e melhor preço, pois é um projeto que exige segurança".
Embora a ação judicial gerada pela denúncia do promotor não se refira à localização escolhida para a nova ponte, o prefeito Bernardes fez questão de salientar que o custo deste projeto é um dos principais determinantes de sua escolha: o município economizará R$ 27 milhões (R$ 51 milhões em valor atualizado pelo índice inflacionário se executado o projeto da administração anterior, e R$ 24 milhões pelo estudo em andamento). A consequência no trânsito do Centro também será mais favorável: 7.200 veículos a menos estarão transitando pela Avenida Beira Rio em 2016, se comparado ao volume de carros que circulariam se a ponte fosse no projeto antigo, na Rua Rodolfo Freygang.
ATRASO NOS TRABALHOS
Na semana próxima a procuradoria do município protocolará embargo no Tribunal de Justiça e ficará na dependência da decisão de um desembargador suspendendo ou não a limitar do juiz da Vara da Fazenda Pública. De qualquer forma, o prefeito Napoleão estima um atraso de dois a três meses no projeto e, em consequência, no inicio das obras que era previsto para março do ano que vem.
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