01 novembro, 2013

Pintor ia deixar a Beira-Rio "bonitinha". Foi detido

      O parapeito em aço galvanizado da Avenida Beira-Rio, ia ficar diferente, todo pintado de branco. Não vai mais, o trabalho iniciado na manhã desta pelo "pintor" Luciano foi interrompido por servidor da Secretaria de Obras e PM. "Queria deixar bonitinho pro Natal", queixou-se o autor da obra, muito irritado com o "Antônio", pessoa que teria mandado ele fazer o serviço.
O pintor e sua obra, 18m de tubos esmaltados
       Chapéu de pano com as cores da bandeira nacional, camisa polo vermelha, bermuda de cotton azul-marinho e sandália havaiana (o calçado preferido por nove entre dez pintores, pedreiros e assemelhados), ele chegou cedo na Beira-Rio. Largou duas sacolas plásticas no pé de uma árvore, na calçada oposta à Havan, pegou o pincel e uma lata de esmalte branco e começou a trabalhar. Tinha pintado bem uns 18 metros quando foi visto por um funcionário do Departamento de Serviços Urbanos da Secretaria de Obras, lá pelas 9h30 da manhã. O servidor ligou para seu chefe, Cleber Santana, que telefonou para a PM.
O que fazer com o pintor clandestino, impasse momentâneo
       Resultado: o "pintor", que se identificaria como Luciano Vitória, teve que interromper o "trabalho". Disse que tinha vindo de Pomerode, onde mora, a mando do "Antônio", que em alguns momentos ele dizia ser o "Otário". "Ele tá pintando uma loja ali na frente e mandou eu fazer este serviço. Ele quem deu a tinta", dizia, bem irritado com o tal de "Antônio".  Jogou o pincel no rio e ficou aguardando. "Quando me encontrar com ele foi pintar é ele. Ora, arrumar problema pra mim", queixou-se. Quanto ao "serviço", disse talvez não pintasse todo o parapeito, mas "estava passando um fundo para depois por uma tinta bonita". Ele queria deixar tudo com novo aspecto para o Natal.
       E dali, às 10h, depois de muita dúvida dos PMs que atenderam o caso, telefonemas a oficial de plantão e sei lá a quem mais, foram todos, "pintor", o diretor Cleber e os policiais, para a Delegacia de Polícia, registrar um termo circunstanciado. E talvez identificar quem realmente é o artista do pincel. Sua obra seria desfeita, ainda hoje, com aplicação de thinner.
Luciano, aguardando inquieto seu destino

Por fim, a decisão de levá-lo à delegacia

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