12 novembro, 2013

Área de escultura ganha árvores nativas, por exigência legal

Enfim, melhorias em torno da obra de arte
   O entorno da escultura em aço de Guido Heuer ali próximo à Rodoviária, muito maltratado nos últimos anos, começa a ganhar uma nova aparência com o plantio de quase uma centenas de mudas de árvores. A obra revitalizadora do lugar não é uma iniciativa, mas uma determinação da promotoria do Meio Ambiente à empresa dona do Fort Atacadista. Mas, da forma que está sendo feito, desagradou ao artista.

    Publiquei duas vezes no ano passado e mais uma em abril deste ano, o descado do poder público com relação ao monumento que seria, na interpretação do autor, um simbolo da cidade. Lixo, entulhos de obra e estacionamento para caminhões era o que se via na área que circunda a escultura, na margem da Via Expressa.
     A Fundação do Meio Ambiente condicionou o corte da vegetação que originariamente existia atrás da obra de arte, pela proprietária do supermercado quando de sua construção, ao plantiu de árvores. Isto foi em 2010, mas só agora neste final de 2013 está sendo cumprido o combinado e isto pela interferência do Ministério Público e a assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta. Ingás, paineiras, quaresmeiras, aroeiras e outras espécies nativas foram plantadas. Mas ainda não está legal: diversas mudas não pegaram e a Faema encaminhou laudo com esta informação ao promotor do Meio Ambiente, Felipe Martins Azevedo. A Fort Atacadista deverá replantar.
Plantio foi exigência de órgão ambiental
     Guido Heuer, que desconhecia estes detalhes, não gostou muito do que viu. E, principalmente porque não houve plantio atrás da escultura. "Com isso, mesmo quando crescerem estará bem visível a marca do supermercado e a obra continuará associada àquela empresa, até porque as cores de ambas se assemelham", critica. Há tempo o artista tenta a interferência da Secretaria de Planejamento para criar uma solução que desvincule seu trabalho do supermercado, mas sem êxito. Guido reclama também da retirada das rochas que existiam atrás do monumento, quando da construção do Fort.
     Bem, pelo menos as carretas que abasteciam o mercado deixaram de usar a área como estacionamento e provavelmente ciganos e caboclos não montarão mais barracas por ali. Agora falta alguém recolher o lixo que há no entorno da escultura.

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