18 dezembro, 2012

Tapete Negro: Uma manhã de reunião fechada no gabinete do prefeito

     A "Operação Tapete Negro", do Ministério Público, alterou a rotina do prefeito Kleinubing e secretários na manhã desta terça-feira. Desde às 8h30 ele ficou reunido com assessores para avaliar a situação. Às 10h o secretário de Comunicação André Silveira informou que o prefeito falaria sobre o caso somente no final da tarde, em entrevista coletiva. E amenizou o trabalho de busca e apreensão de documentos, feita no dia anterior por policiais: "Recolheram documentos que são públicos e estão à disposição. E a maioria já estavam em poder do Ministério Público, pois haviam sido solicitados por ofício em ocasiões anteriores".
     Comportamento semelhante teve o secretário de Obras, Alexandre Brollo, um dos principais nomes nesta operação, que saiu da reunião às 10h45. "Não há problema algum e toda documentação sempre esteve ao dispor do Ministério Público". Sobre o motivo da investigação, que se dá principalmente por irregularidades na contratação de empreiteiras para asfaltar ruas da cidade, Brollo disse que muitas obras, como as do programa "Asfaltamos para você", foram entregues sem licitação à Companhia Urbanizadora de Blumenau (URB), mas "isto é legal", assegurou.
Para secretário Brollo, de Obras, "tudo em ordem"
     O vereador e líder do governo Fábio Fiedler, um dos nomes que estaria relacionado pelo MP, entrou no gabinete do prefeito às 10h30. Chegou com mochila às costas, aparência muito tranquila, mas não quis falar. Edson Brunsfeld, secretário de Articulação Política saiu do gabinete do prefeito pouco antes das 11h e chamou seus assessores para uma reunião em sua sala. Evitou comentar o teor da conversa com o prefeito e a investigação da promotoria pública. Walfredo Ballestieri, secretário do Planejamento, que também esteve no gabinete, disse que em sua pasta não há qualquer problema e estranhou a busca promovida, pois garante que é praxe atender a todos os pedidos do MP ou Justiça, "e são muitos", observou enquanto tomava um cafezinho no saguão.

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