O prefeito Kleinubing, que na terça-feira se disse "indignado, perplexo" com a "Operação Tapete Negro", talvez fique preocupado mais adiante (e nem lembrou que foi multado, junto com a URB, em ação movida pelo MP, no caso denunciado pela ex-secretária de Educação Dinorah Gonçalves). Afinal, o Ministério Público o aponta como um dos principais responsáveis pelas irregularidades na relação Prefeitura/URB. "É ele quem assina todos os contratos", disse o promotor Gustavo Diaz. Pelo menos isto deve ocorrer na ação cível pública que ele vai ajuizar.
Os promotores não dizem quem esta relacionado nos mandatos de busca e apreensão que foram executados na segunda-feira, mas Gustavo Diaz cita alguns que serão responsabilizados no inquérito civil ainda em elaboração: o secretário de Obras Alexandre Brollo, o secretário de Serviços Urbanos Eder Marchi, o secretário de Articulação Política Edson Brunsfeld. Os presidentes e diretores da URB a partir de 2005 estão entre os suspeitos, assim como servidores da pasta de Brunsfeld, além de outros servidores.
Com relação ao ex-vice-prefeito e secretário, o promotor da Moralidade Administrativa questiona o fim dado ao material por ele encaminhado à Câmara Municipal, em que denunciava um rombo de R$ 14 milhões na URB, na administração de Décio Lima. "Tudo sumiu. Ninguém sabe e ninguém viu mais estes documentos", disse o promotor.
Quanto às críticas feitas pelo prefeito às buscas feitas com apoio policial, na segunda-feira, os promotores lembram que não houve truculência, ato de violência, ameaças e tampouco resistência. E que as investigações, que incluiram escutas telefônicas, contam com a chancela do Tribunal de Justiça. "Tudo foi autorizado pelo desembargador Roberto Lucas Pacheco", dispara o promotor Flávio Duarte.
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