17 dezembro, 2012

Ministério Público patrocina um fecho negro para governo Kleinubing

Procurador Graziotin e promotor Jean Forest (ao fundo)
      O governo Kleinubing encerra com um fecho negro, com reflexos que ficarão evidentes nos próximos meses e até anos: fraudes em licitações, superfaturamento, formação de quadrilha nas obras para asfaltamento de ruas de Blumenau são suspeitas do Ministério Público. E nesta segunda-feira, cerca de 40 policiais e promotores públicos integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaecos), percorreram residências, órgãos públicos e sede de empresas recolhendo documentos para enriquecer provas da investigação em andamento. Era a operação "Tapete Negro". A quantidade não foi revelada, mas veio um caminhão baú da Procuradoria de Justiça de Florianópolis para o transporte do material apreendido.
        Às 7h30 desta segunda-feira os policiais começaram a cumprir os 37 mandados de busca e apreensão expedidos na sexta-feira pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Ao longo do dia estiveram na Secretaria de Obras, na Urbanizadora, na casa de vereadores, de servidores públicos e de empreiteiras que venceram licitações ou que foram contratadas para asfaltamento de ruas na cidade.
        No meio da tarde o procurador Alexandre Reynaldo Graziotin, da Coordenadoria de Contra-Inteligência e Segurança Institucional, deu entrevista sobre a "Operação Tapete Negro". Utilizou a sala em que trabalhava o promotor Jean Forest, do Gaeco de Itajaì, que veio participar da operação. Não detalhou muito por restrições legais à divulgação das investigações. Disse que algo em torno de 30 pessoas estão sob investigação e nos locais de trabalho e residência de algumas delas houve apreensão de documentos. O material, integrado por papéis e arquivos digitais vai para análise na Procuradoria Geral de Justiça, na Capital. O procurador Graziotin acredita que serão necessários pelo menos quatro meses de análise desta documentação.
À tarde, agentes aguardam orientações no MP

Policiais a serviço da promotoria no fórum de Blumenau
Caminbão do MP para transportar documentos apreendidos




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