Até dia 11 de janeiro, quatro dias após encerrado o recesso do Judiciário,
três novos vereadores - Fábio Fiedler, Robinson Fernando Soares (Robinho) e Célio Dias - mais os suplentes Braz Roncáglio e Almir Vieira - deverão apresentar defesa à
Justiça Eleitoral. Todos foram intimados na véspera e no dia da diplomação do prefeito, vice-prefeito e vereadores eleitos, nesta terça, e acusados de utilização da
máquina pública na campanha eleitoral.
O promotor público
Odair Tramontin, que assina a Ação de Investigação Judicial Eleitoral, com a promotora
Monika Pabst, assegura que são muitas e consistentes as evidências que levaram ao arrolamento dos cinco (três do PSD, Fábio, Robinho e Almir e dois do PR, Célio e Braz). As provas são conversas telefônicas feitas de maio a agosto, que indicam o uso de veículos, materiais e equipamentos públicos com o fim de conquistar eleitores, além de servidores públicos que trabalharam nas campanhas eleitorais dos acusados em horário de expediente.
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Célio, Robinho, Fábio. Mandatos na gangorra |
Os promotores eleitorais pretendiam que o
juiz eleitoral Álvaro Pereira de Andrade não diplomasse os três vereadores indiciados. Mas o magistrado preferiu manter a diplomação e decidir após os trâmites e análise do processo. Tramontin, porém, salienta que são evidentes as infrações à Lei 9504/97, nos artigos 77 e 43, que tratam do abuso do poder econômico e da captação ilícita (compra) de voto. "E as escutas foram apenas até agosto", observa o promotor.
As interceptações telefônicas foram autorizadas pelo Tribunal de Justiça, em principio em busca de provas para a investigação criminal que ficou conhecida na cidade, esta semana, com o nome de
"Operação Tapete Negro".
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