Blumenau tinha, em 2010, 22.854 estabelecimentos comerciais registrados. Destes, 950 eram empresas do comércio varejista do ramo do vestuário. No entanto, deste quase milhar de lojas, apenas 387 tinham empregados registrados. Trabalhavam nestas lojas, então, 2036 pessoas. Com crescimento estimado em 4% ao ano, no segmento, atualmente existiriam cerca de 988 lojas do vestuário e acessórios, representando 20% do comércio e gerando 13% dos empregos do segmento, calcula o professor Nazareno Schmoeller, do Departamento de Economia da Furb.
A quantidade elevada de empresas sem empregados registrados pode significar que só os proprietários e familiares toquem o negócio, ou que simplesmente estejam com as portas fechadas. Afinal, dos 22.845 estabelecimentos registrados em Blumenau, em 2010, 12.028 não apresentaram qualquer movimentação financeira. E 10 mil, existem apenas no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). Estão praticamente inativos, diz o professor Nazareno. Afinal, é mais cômodo e mais econômico simplesmente fechar as portas do que dar baixa no negócio. "A burocracia a ser enfrentada desistimula". Quando ao encerramento de atividades, muito se deve à falta de conhecimento e, especialmente, de pesquisa do empreendedor antes de montar o negócio.
Carlos Berndt, da Estrutura Móveis, que há anos vende aramados, manequins e outros apetrechos para lojas, concorda: "Já tivemos caso de fechamento relampago. O cliente comprou o equipamento e antes mesmo de abrir o negócio se arrependeu". A rotatividade no setor é alta, mas sempre há quem tente concretizar um sonho. Montamos duas a três lojas por mês, observa ele.
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