Eles não são especialistas, mas sabem como poucos a quantas anda o turismo em Blumenau. Afinal, há anos acompanham o vai e vem dos ônibus de excursão, sua fonte de renda. São os vendedores de artesanato com "pontos" em locais tradicionais e obrigatórios de desembarque dos visitantes e que oferecem produtos que, em muitos casos, serão a única lembrança que os turistas levarão da cidade, além, é claro, das fotos e vídeos.
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Ademar, desde 1993 na atividade |
Os produtos comuns a todos são as bonecas com trajes típicos e coloridos, com poucas variações. Ademar Estevam é um dos mais antigos destes vendedores. Trocou o Mato Grosso por Blumenau, em 1993 e desde então dedica-se a oferecer fridas e fritzs, omas e opas, aos turistas, por preços que vão dos R$ 12 aos R$ 29. As peças, algumas incrementadas com a utilidade doméstica de puxa-saco, são produzidas por um casal de Blumenau. O mesmo fornecedor da Denise Gomes, que há 17 anos fez do jardim em frente à Prefeitura, seu local de trabalho. Sorridente, arma uma mesinha desmontável que se transforma em balcão e vitrine, quase ao lado da locomotiva Macuca. Ademar, por sua vez, "colou" na Frosthaus, uma loja dedicada a vendas de confecções a turistas, instalada na Ponta Aguda.
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Denise, tem a Macuca como chamariz |
VENDAS EM BAIXA
O terceiro comerciante deste restrito segmento, é o aposentado Osmar Finardi. Ele diferencia-se dos "colegas", por ser também produtor, junto com a esposa, das bonecas que oferece aos turistas. Ele espera pela clientela no Biergartem, local privilegiado, pois é a primeira parada dos ônibus de excursão. Mesmo assim, as vendas não estão boas este ano. "Tem turista, mas poucos compram lembranças", lamenta. Ademar e Denise concordam. Ambos lembram como bons tempos os anos de 2004 e 2005. De lá para cá decaiu o fluxo de turistas na cidade e, principalmente, as compras. "O dólar barato faz eles viajarem para outros lados, para o Exterior", opina Ademar.
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Osmar produz o que vende, desde 1990 |
Mas todo dia estão lá, com suas fridas e fritz, com a esperança de que os visitantes levem mais do que imagens das câmaras, como lembranças da passagem por aqui. Ademar mais que os outros, pois seu "ponto", abrigado, permite trabalhar também em dias chuvosos.
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