12 março, 2012

Cuidado, pedestre na pista!

   O atropelamento de pai e filha na Rua 7 de Setembro, semana passada, provocou algumas discussões sobre o tema. Todas, evidentemente, inóquas. Um cidadão, identificado como especialista em trânsito, disse, ao Santa, que desrespeitar o Código de Trânsito Brasileiro é "questão cultural". Bem, matar passarinhos em divertidas caçadas e reunir amigos para uma passarinhada, era questão cultural também, há alguns anos. Uma "cultura" modificada a custo de muita informação, conscientização e, principalmente, punição dura aos que mantêm o hábito.
    Aqui em Blumenau, houve campanha maciça para educação e conscientização de motoristas e pedestres, no final dos anos 90. Foi uma campanha premiada e exitosa. Mas nunca mais repetida. A  Escola Pública de Trânsito, do Seterb, tenta fazer isto por meio de palestras em empresas e escolas, diz o diretor do Departamento de Trânsito, José Carlos Oliveira.
Melhor correr do que andar algums metros mais
     Mas, na prática o que se vê é deseducação total. Durante 10 minutos, no final da manhã de sábado, registrei duas dezenas de pessoas atravessando a XV de Novembro em trechos distantes de 15 a 20 metros de uma faixa de pedestres, na quadra do Banco do Brasil. Nas imediações do Tunga as cenas se repetem. E na mesma 7 de Setembro, os pedestres preferem correm na pista, a usar o tunel em frente ao shopping, ou usar as faixas de pedestres. "Não vinha carro". "Nem me dei conta que tinha faixa". "Foi só esta vez". "Estou com pressa", foram algumas das justificativas. Desnecessário incluir ai os universitários da Furb, os alunos da Etevi, que preferem cruzar a Antonio da Veiga entre os carros ao invés de usar a passarela.
     Como eles, devem ter pensado boa parte dos 239 atropelados em Blumenau, em 2011, ou os 183 vitimados no ano anterior. Destes, 15 morreram. Porque os guardas de Trânsito não chamam a atenção dos pedestres que fazem travessias fora das faixas de pedestres ou sinaleiras? Ivonei Leite, ele próprio agente, no cargo de gerente do Departamento de Trânsito, diz que várias vezes fez isso, mas admite que a reação do pedestre inibe os guardas. 







Família unida na deseducação

Ensinando o filho

"Ah, os carros estavam parados"

"To com pressa, a loja vai fechar em 5 minutos"

"Nunca faço isso, mas vi que dava pra atravessar sem problema"

Estas esperaram bom tempo, mas usar o túnel não


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