28 dezembro, 2012

O governo sai, ficam as bandeiras. Rasgadas



     Para encerrar o ano, imagem de um fim de administração pública. Talvez imagem de displicência ou incompentência também. Está lá, nos mastros do Seterb, na Estação Rodoviária: bandeiras rotas, todas elas, a Nacional, a do Estado e a da cidade. Desbotadas também. E faz tempo, afinal, sabidamente Blumenau não é uma cidade assolada por ventos constantes, menos ainda por vendavais que danifiquem bandeiras de uma hora para outra. Mas, admito, combinam com as condições do lugar.




Excesso de gentileza fere o vernáculo

  O setor é o de habilitação para dirigir, na Ciretran de Blumenau, mas também poderia haver mais habilidade, ou afinidade, com o vernáculo, pensei ao ler o aviso fixado na mesa. Nele uma zelosa servidora (poderia ser um, mas segui a <strong>Lei das Probabilidades</strong>e para escolher o gênero) informa que "pediremos", que a escrivaninha não seja utilizada pelo contribuinte que recorre ao serviço. Mas talvez a intenção fosse essa mesma, alertar para uma futura decisão ou quem sabe a autora pretende ser mais delicada, gentil, do que se usasse a advertência no tempo presente, um direto "pedimos"? Sei lá, mas fica esquisito, né. Aliás, "uso de preenchimento" também é ruim.

Desenho do blog em fase de mutação

     Ao retornar de viagem, meados de novembro, fiz uma mudança no visual do blog. Dentro das alternativas limitadas oferecidas, escolhi um fundo preto e texto em branco. Gostei da aparência, mas as duas únicas opiniões que recebi foram contrárias. Uma contra o preto a outra apontando dificuldade na leitura do texto, por causa da cor. Agora, fiz nova tentativa. Não me agradou, mas ficará assim até engrenar 2013 e manifestações a respeito são bem-vindas.

27 dezembro, 2012

Fim de uma era: lanche do Feio é demolido

    No início dos anos 90, antes da inauguração do Shopping Neumarkt, a principal referência em lanches, no Centro, era o "Feio". Ali, naquele terreno baixo, esquina da esquina da Nammy Deeke com a Presidente Getúlio Vargas. Mas o Big Lanche do Feio continuará existindo: funcionará na Rua Alberto Stein, quase em frente à feira-livre, a partir do dia 3.
Antes da virada do ano a velha estrutura terá desaparecido
     O fim de semana que antecedeu o Natal marcou o encerramento das atividades naquele endereço, que já não era tão atraente, mas conservava clientes fiéis, lembra Alexandre, o mais antigo empregado do Ernani Sartori Cunha, o "Feio". Nesta quinta, 27, ele trabalhava na retirada das telhas e madeirame, com um auxiliar. Amanhã uma máquina vai por abaixo as paredes de alvenaria. "Dia 31 o terreno será entregue aos proprietários", disse ele.
Novo endereço em 2013
     O Big Lanche do Feio é administrado pela sua viúva, Verônica, que optou em deixar o local depois que os donos do terreno, herdeiros de Willecke Sievert, exigiram um aluguel de R$ 10 mil pela área. Como não aceitaram a contra-proposta, a saída foi buscar um novo endereço. Hoje, enquanto carregava e empilhava caibros, Alexandre, que iniciou ali como entregador, em 1997, fazia um retrospecto da trajetória do ex-patrão, que morreu em fins de 2008, vítima de câncer. "Feio" trabalhou em carrinho de lanche de um paulista, instalado onde hoje é o Santander, inicio da Beira-Rio, depois foi para a Rua Sete, esquina com Alameda; passou mais adiante para a mesma Rua 7, onde funcionaria uma churrascaria e hoje é loja de móveis, para, por fim, construir a casa de lanches que agora desaparece.

Liquidação provoca filas, mas modestas

Filas em busca de produtos com preços reduzidos
    Nem todo 13o salário, nem todo crédito nos cartões, foi consumido com as compras pré-Natal. Ainda sobrou fôlego para alguns consumidores, como revelou a liquidação da loja Salfer, nesta quinta-feira. Na frente das três lojas da rede, na Rua XV houve filas de clientes em busca de uma compra vantajosa. Nada de multidões, mas o lojista preferiu trabalhar com as portas fechadas, limitando o acesso para evitar tumulto.

Sob o viaduto, uma lagoa

Pobre do pedestre que se descuidar!
      A Rua  São Vicente, na Itoupava Norte, ganhou melhorias no trecho em que passa sob a Via Expressa. Recebeu asfalto, foram criadas rotatórias e acessos à própria via rápida. Tudo por conta da empresa que construiu o shopping Park Europeu. Mas parece que esqueceram os bueiros sob o viaduto. A cada chuva a área fica uma pequena lagoa. Azar dos pedestres que necessitem passar por ali. E como estamos com um governo já desativado, talvez seja necessário aguardar o próximo para corrigir o problema. Ou desentubir os bueiros.

Esqueceram os bueiros?

25 dezembro, 2012

O bucolismo e placidez da Blumenau pouco conhecida

    Na tarde dos 37 graus à sombra, aqui no inicio da Itoupava Norte - mas chegou aos 40,9 em Blu (43,8 em Criciuma), vai um registro de uma Blumenau que muitos não conhecem. A cidade-rural e junto à urbana. Nas imagens, feitas na Fortaleza Alta, uma placidez e tranquilidade incomuns para muitos de nós.

22 dezembro, 2012

Foz libera "rua da Coca". Enfim

Assentamento de asfalto e fim, temporário, de muito incomodo
   Depois de meio ano abrindo e reabrindo valas, a Foz do Brasil oferece um presente de fim de ano aos moradores da área onde inicia a Itoupava Norte e usuários da chamada "Rua da Coca". Nesta sexta-feira, 21, fim de tarde, finalizava a cobertura do trecho em que instalou tubulações nas ruas Fritz Spernau e Gustavo Lueders, até a rótula com a 2 de Setembro. Ficou uma pavimentação "quebra-galho", ou, em linguagem ainda mais coloquial, "meia-boca". Mas, enfim, uma boa-nova para motoristas e pedestres que suportaram seis meses, mais ou menos, de muito transtorno. Tomara que não seja necessário reabrir as valas mais uma vez.

21 dezembro, 2012

Seterb e prefeito cancelam licitação para Rodoviária

Toalha jogada, reforma da Rodoviária adiada
    No apagar das luzes o governo JPK publica edital de cancelamento da licitação que contrataria empresa para elaborar o projeto para reforma e ampliação da Rodoviária Hercílio Deeke. Mais uma demonstração da incompetência e desinteresse do presidente do Seterb e do próprio prefeito.
     Rudolf Clebsch acenou ainda no primeiro semestre deste ano, e depois de muitas críticas, com a possibilidade de o governo privatizar o terminal rodoviário. Depois, alguns dias antes da eleição, anunciou que o terminal e seu entorno seriam reformados, com base em um projeto arquitetonico. Blefe. Nunca houve projeto e se houve alguma disposição, ficou num escaninho da administração pública. Como o candidato a sucessão dos atuais administradores foi derrotado nas urnas, a idéia caiu no abandono total. O edital de cancelamento "atendendo interesse público", é a evidência.
     
    

Ganho de tempo com os corredores. O trunfo de Crebsch

   O advogado Rudolf Crebsch, homem do PMDB, encerra seu mandato como presidente do Seterb sem muito a comemorar. Não conseguiu resolver a questão das lombadas eletrônicas e sua reinstalação, sem ferir a legalidade e a moralidade; não conseguiu implantar a integração do transporte intermunicipal ao sistema de coletivos urbanos da cidade. Ou seja, não conseguiu tirar das ruas centrais os coletivos de cidades vizinhas.
    Mas não serei injusto: conseguiu avançar bastante até, pois as linhas do Baú e do Belchior, que devem representar vários ônibus ao dia, passaram a circular apenas até o Terminal Fortaleza. O próprio balanço das atividades, divulgado no site da prefeitura, é singelo: destaca o ganho de tempo das viagens onde foram implantados corredores de ônibus (sem que isso tenha repercutido na tarifa ou aumento de horários), sem mencionar redução de pontos de embarque e desembarque. Fora isso, comemora a redução de mortes no trânsito.

20 dezembro, 2012

Céu colorido e luminoso no entardecer

    E pra encerrar o dia, uma amenidade: a luminosidade e colorido do entardecer depois da chuva de fim de tarde. Imagem captada na varanda de casa.

Cassação de vereadores é hipótese, mas já tem gente fazendo cálculos

      A novidade das novas instalações da Câmara certamente foi ofuscada por outra possível mudança no Legislativo no inicio da nova legislatura, em 2013: a perda de mandato de três vereadores. Logo depois do dia 7 de janeiro, fim do recesso do Judiciário, começam audiências e julgamento da ação apresentada pelos promotores públicos eleitorais Odair Tramontin e Monika Pabst, contra Célio Dias (PR), Fábio Fiedler e Robinson Soares (ambos PSD) por compra de votos e abuso de poder econômico.
       É uma hipótese, mas nesta quinta me deparei com gente que já faz cálculos dos votos destes eleitos (são 12.670; 10.050, só dos dois do PSD) e a mudança na composição da Câmara em caso de uma sentença que casse seus mandatos (e ainda entram no bolo os dois suplentes igualmente indiciados, Braz e Vieira).

Nova Câmara Municipal apresentada, mas mudança sem data

      Depois da correria da quarta, em busca de informações sobre Tapete Negro e seus desdobramentos, esta quinta foi estranha e improdutiva. Até a apresentação da nova Câmara Municipal esqueci. Mas lembrei a última manifestação do vereador Deusdith de Souza (PP), na tribuna, semana passada. Disse, em crítica ao atual governo, que, com a mudança, aumentarão as despesas do Legislativo e encolherá a sobra orçamentária que vem sendo destinada à Saúde. "Foram mais de R$ 3 milhões para aquele que concorreu a vereador e não se elegeu", disparou ele.
     Mas não será bem assim, garante Ademar Maiochi, diretor financeiro da Casa: o aumento de despesas será os cerca de R$ 500 mil do aluguel no ano e, em 2013, os gastos com aquisição de mobiliário para equipar a Câmara. Este ano foram enviados à Saúde R$ 3,5 milhões.
     As novas instalações, no prédio da esquina da Rua XV de Novembro com Alameda Duque de Caxias, estão distribuidas em quatro andares, com 2,5 mil metros quadrados, mil m2 quadrados a mais do que a atual. Mas os trabalhos de 2013 começarão no local de sempre: o primeiro andar da prefeitura. Até data incerta.

19 dezembro, 2012

Tapete Negro: Da indignação à preocupação, um passo

     O prefeito Kleinubing, que na terça-feira se disse "indignado, perplexo" com a "Operação Tapete Negro", talvez fique preocupado mais adiante (e nem lembrou que foi multado, junto com a URB, em ação movida pelo MP, no caso denunciado pela ex-secretária de Educação Dinorah Gonçalves). Afinal, o Ministério Público o aponta como um dos principais responsáveis pelas irregularidades na relação Prefeitura/URB. "É ele quem assina todos os contratos", disse o promotor Gustavo Diaz. Pelo menos isto deve ocorrer na ação cível pública que ele vai ajuizar.
     Os promotores não dizem quem esta relacionado nos mandatos de busca e apreensão que foram executados na segunda-feira, mas Gustavo Diaz cita alguns que serão responsabilizados no inquérito civil ainda em elaboração: o secretário de Obras Alexandre Brollo, o secretário de Serviços Urbanos Eder Marchi, o secretário de Articulação Política Edson Brunsfeld. Os presidentes e diretores da URB a partir de 2005 estão entre os suspeitos, assim como servidores da pasta de Brunsfeld, além de outros servidores.
     Com relação ao ex-vice-prefeito e secretário, o promotor da Moralidade Administrativa questiona o fim dado ao material por ele encaminhado à Câmara Municipal, em que denunciava um rombo de R$ 14 milhões na URB, na administração de Décio Lima. "Tudo sumiu. Ninguém sabe e ninguém viu mais estes documentos", disse o promotor.
     Quanto às críticas feitas pelo prefeito às buscas feitas com apoio policial, na segunda-feira, os promotores lembram que não houve truculência, ato de violência, ameaças e tampouco resistência. E que as investigações, que incluiram escutas telefônicas, contam com a chancela do Tribunal de Justiça. "Tudo foi autorizado pelo desembargador Roberto Lucas Pacheco", dispara o promotor Flávio Duarte.

                                                                                                        Tem mais sobre o assunto, abaixo

Tapete Negro: Sobras de contratos desaparecem

   As investigações para os inquéritos em andamento no Ministério Público e na Procuradoria Geral da Justiça se depararam com uma situação, digamos, esdrúxula: o destino do dinheiro público pago à URB pela prefeitura. Na entrevista que deu para criticar a ação do MP, na terça-feira, o prefeito Kleinubing disse que todas as obras foram contratadas pela Urbanizadora em valores menores do que aquele do contrato com a administração central. De fato. O Tribunal de Contas do Estado, a pedido do Ministério Público fez uma análise que confirmou isto.
     Exemplos não faltam. Na construção de um Centro de Atendimento ao Turista na Vila Itoupava, por exemplo, a URB recebeu R$ 510 mil da Prefeitura, mas contratou uma construtora por R$ 131 mil. Para obras de pavimentação da rua Udo Deeke, em 2006, foram destinados pela Prefeitura, à Urbanizadora, quase R$ 1,9 milhão e esta pagou a duas empreiteiras que fizeram o serviço apenas R$ 386 mil. E a obra do Parque Vila Germânica: dos R$ 1 milhão 92 mil, do contrato com a prefeitura, a URB precisou apenas R$ 146 mil para pagar a Brasilterra, que executou a obra. Sobraram R$ 945,7 mil.
    A questão é: onde foram parar estas sobras, estas "economias" feitas pela Urbanizadora? É uma das questões que intrigam os promotores.

                                                              Tem mais sobre o assunto, abaixo>

Tapete Negro: Irregularidades se avolumam na URB

Flávio Duarte (D): Somos cuidadosos, por isso a investigação  demorada
    Rodomac, Habitare, Tecpar, Construfab, Progresso, Egitec, Brasilterra, são alguns dos nomes comuns que os promotores públicos e técnicos do Tribunal de Contas do Estado encontraram nos contratos firmados pela URB, para obras que, teoricamente, ela foi contratada. Obras para as quais a prefeitura municipal repassou àquela empresa - uma sociedade de capital misto, tendo a prefeitura como sócia majoritária - R$ 150 milhões, de 2005 a 2012, de acordo com levantamento do MP.
    A análise de documentos evidencia a falta de projetos básicos, de projetos executivos e inexistência de planilhas de custo ou planilhas de acompanhamento das obras.  "Estas eram características comuns. Assim, como medições precárias de serviços. E medições de obras ou serviços prestados que se repetiam em anos diferentes", disse Gustavo Diaz. "Encontramos muito disso no setor de iluminação pública e na sinalização viária".
    As irregularidades se estendem por vários volumes nestes inquéritos. Uma delas é a terceirização de obras em valores superiores aos 25% que a legislação possibilita. E, mesmo assim, havia casos em que o custo da obra era contabilizado de forma desmembrada para mascarar o  valor total, consta na investigação.  Além disso, há o repasse de contratos para a URB de obras ou serviços os quais não estão entre suas prerrogativas estatutárias.
    Um exemplo: a troca de lâmpadas de sinaleiras. Além de não estar prevista no estatuto como uma de suas atribuições, não aparece na documentação a compra das lâmpadas, observa Diaz.
 

Tapete Negro: O in"brollo" é grande

Promotores Wagner, Leonardo, Gustavo e Flávio
    O trocadilho do título, feito por um amigo não é suficiente para dar uma ideia da dimensão que, parece, tomará a "Operação Tapete Negro". Nesta quarta-feira quatro promotores de Justiça - Gustavo Mereles Diaz, Flávio Duarte, Wagner Kuroda e Leonardo Todeschini - deram um pouco mais de luz ao caso, em entrevista coletiva. E os holofotes recaem sobre a Companhia Urbanizadora de Blumenau (URB), seus dirigentes, incluindo presidentes do Conselho de Administração e o próprio prefeito João Paulo Kleinubing. A lista prossegue com dezenas de servidores, entre os quais secretários municipais.
    "Operação Tapete Negro" é apenas um dos três inquéritos em andamento resultado de investigações iniciadas em fins de 2005. Um deles reune análises de documentações a partir da denúncia de irregularidades pela URB em obras nas escolas Machado de Assis e Vidal Ramos. O Ministério Público optou por analisar os contratos por amostragem e o que foi constatado foi que todos contratos da Prefeitura com a Urbanizadora foram por dispensa de licitação e que a execução sempre era transferida a terceiros, e envolvendo as mesmas empresas.

Composição da Câmara Municipal sob risco de mudança

    Até dia 11 de janeiro, quatro dias após encerrado o recesso do Judiciário, três novos vereadores - Fábio Fiedler, Robinson Fernando Soares (Robinho) e Célio Dias - mais os suplentes Braz Roncáglio e Almir Vieira - deverão apresentar defesa à Justiça Eleitoral. Todos foram intimados na véspera e no dia da diplomação do prefeito, vice-prefeito e vereadores eleitos, nesta terça, e acusados de utilização da máquina pública na campanha eleitoral.
    O promotor público Odair Tramontin, que assina a Ação de Investigação Judicial Eleitoral, com a promotora Monika Pabst,  assegura que são muitas e consistentes as evidências que levaram ao arrolamento dos cinco (três do PSD, Fábio, Robinho e Almir e dois do PR, Célio e Braz). As provas são conversas telefônicas feitas de maio a agosto, que indicam o uso de veículos, materiais e equipamentos públicos com o fim de conquistar eleitores, além de servidores públicos que trabalharam nas campanhas eleitorais dos acusados em horário de expediente.
Célio, Robinho, Fábio. Mandatos na gangorra
     Os promotores eleitorais pretendiam que o juiz eleitoral Álvaro Pereira de Andrade não diplomasse os três vereadores indiciados. Mas o magistrado preferiu manter a diplomação e decidir após os trâmites e análise do processo. Tramontin, porém, salienta que são evidentes as infrações à Lei 9504/97, nos artigos 77 e 43, que tratam do abuso do poder econômico e da captação ilícita (compra) de voto. "E as escutas foram apenas até agosto", observa o promotor.
    As interceptações telefônicas foram autorizadas pelo Tribunal de Justiça, em principio em busca de provas para a investigação criminal que ficou conhecida na cidade, esta semana, com o nome de "Operação Tapete Negro".

Prefeito, vice e vereadores, agora diplomados

   Prefeito, vice e vereadores eleitos para o período 2013/16, agora estão confirmados nos cargos pela Justiça Eleitoral. Na noite desta terça-feira foram diplomados, em solenidade na sala do Tribunal do Juri, presidida pelo juiz eleitoral Alvaro Luiz Pereira de Andrade.
    Nada muito prolongado. Uma homenagem à adolescente Estela Fernanda Vilhegas Ricci, do Colégio Sagrada Família. Ela recebeu um certificado de "Honra ao Mérito e Amigo da Justiça Eleitoral" por vencer concurso de redação da campanha "Votar é massa". Depois, breves discursos do juiz eleitoral, do vereador Marcos da Rosa, escolhido orador pela condição de mais votado (5.588 votos) e, por fim, após entrega dos diplomas, discurso do prefeito Napoleão Bernardes.
    Bernardes citou o poeta e cronista Carlos Drumond de Andrade - "...tenho apenas duas mãos, e sobre elas o sentimento do mundo" -, para fazer uma analogia do que ele e vereadores sentem diante da expectativa dos eleitores. Porém, mais efeito fez sua declaração de que prefeito, vice e vereadores integrarão "uma única e grandiosa bancada: a bancada da cidade". E encerrou com uma opinião do falecido governador paulista Mário Covas, de que "é possível conciliar política com ética; política com honra; política com mudança".  Ah, e o prefeito JPK não foi.
    Cenas da diplomação:

Na mesa, promotores Odair, Monika, juizes eleitorais Alvaro e  Cintia, deputada Ana  Paula, juiza  Jussara,  vereador Jovino

Hinos Nacional e de Santa Catarina na abertura e encerramento
O público junto com vereadores.....

.... eleitos que receberiam diplomas
Estela, recebendo homenagem do juiz Álvaro

A pequena Ana Luiza, filha do vereador Forest e da Daniela (filha da deputada Ana Paula)
O prefeito Napoleão com a namorada , Maria Augusta

Tucanos Leonel Pavan e Dalírio Beber
Novos ou nem tanto, vereadores: Cim, Robinho, Fiedler, Vanderlei, Wanroski,  Adriano, Forest, Marcos....

... (prefeito e vice) Becker, Naatz, Zeca Bombeiro....

.... Tribess, Célio, Hildebrand, Mantau
Prefeito Napoleão

Vice-prefeito Jovino 

18 dezembro, 2012

Tapete Negro: Obras terceirizadas em escolas deflagaram investigações

   Em 2005 a então secretária de Educação do município, Dinorah Gonçalves, rebelou-se contra a Companhia Urbanizadora de Blumenau. Contratada para a obras em duas escolas, terceirizou o serviço. A então secretária não gostou, criticou e, mais do que isso, denunciou o caso ao Ministério Público. Este foi o motivo que deflagou a investigação ainda em andamento e que provocou, nesta segunda-feira, a surpreendente "Operação Tapete Negro". Mas os principais objetos ora em análise pelo MP são contratos feitos a partir de 2009, disse-me o promotor público Gustavo Mereles Diaz. Ela, claro, perdeu o cargo.

Tapete Negro: JPK garante que fez tudo legal

     Para João Paulo Kleinubing, a ação do MP é injustificável, não só pela forma como ocorreu, mas pela falta de motivos. Na entrevista que concedeu à tarde, depois de horas de reuniões com secretários e assessores, disparou que não houve, durante seu governo, qualquer contestação ou denúncia de irregularidades na contratação de obras públicas. "Todos os contratos por dispensa de licitação feitos com a URB foram legais", afirmou. E acrescenta que as subcontratações de terceiros feitas pela empresa pública, para executar os contratos, foram igualmente legais e em valores abaixo daqueles pagos a ela pela prefeitura.
     "A Lei das Licitações sempre foi observada", garantiu ele, que estava acompanhado do secretário da Administração Fernando Lenzi e da procuradora geral do municipio Marli Ziecker Bento. E se mostrou surpreso de o MP depois de tantos anos investigando ter deixado para agora, final de mandato, fazer a busca de documentos e, principalmente, usando força policial. A causa não seria o indício de irregularidades, de atos ilegais ou fraudes? questionei. O prefeito insistiu que o MP nunca fez denúncia de irregularidades e também assegurou que desconhece qualquer ato ilegal praticado por integrantes de seu governo.

      

Tapete Negro: "Tentativa de vilimpendiar meu trabalho", diz JPK

  "Porque este aparato todo a quatro dias úteis do final de meu mandato. Porquê?", questionou um João Paulo Kleinubing visivelmente irritado, pouco depois das 16h desta terça-feira, quando deu entrevista coletiva para falar da "Operação Tapete Negro". Antes de responder perguntas, fez um desabafo indignado, consultando anotações feitas à mão. "Foi uma tentativa de vilipendiar meu trabalho de oito anos", disparou o prefeito.
"Eu fiz tudo certo. Tudo legal"..
    Para Kleinubing a ação policial do Ministério Público que recolheu documentos, arquivos em papel e em meio digital em órgãos da administração pública e na casa de servidores, foi "uma demonstração de exagero". Com o rosto vermelho, se disse "perplexo e indignado". Toda a documentação apreendida ou já havia sido solicitada pelo Ministério Público, ou poderia ter sido requerida por ofício, entende ele.  

"O MP não apresentou nenhuma denúncia"...
"Foi para vilipendiar meu governo"...

"Porque agora? Estou indignado!"
"Não dá pra entender!"

Tapete Negro: Uma manhã de reunião fechada no gabinete do prefeito

     A "Operação Tapete Negro", do Ministério Público, alterou a rotina do prefeito Kleinubing e secretários na manhã desta terça-feira. Desde às 8h30 ele ficou reunido com assessores para avaliar a situação. Às 10h o secretário de Comunicação André Silveira informou que o prefeito falaria sobre o caso somente no final da tarde, em entrevista coletiva. E amenizou o trabalho de busca e apreensão de documentos, feita no dia anterior por policiais: "Recolheram documentos que são públicos e estão à disposição. E a maioria já estavam em poder do Ministério Público, pois haviam sido solicitados por ofício em ocasiões anteriores".
     Comportamento semelhante teve o secretário de Obras, Alexandre Brollo, um dos principais nomes nesta operação, que saiu da reunião às 10h45. "Não há problema algum e toda documentação sempre esteve ao dispor do Ministério Público". Sobre o motivo da investigação, que se dá principalmente por irregularidades na contratação de empreiteiras para asfaltar ruas da cidade, Brollo disse que muitas obras, como as do programa "Asfaltamos para você", foram entregues sem licitação à Companhia Urbanizadora de Blumenau (URB), mas "isto é legal", assegurou.
Para secretário Brollo, de Obras, "tudo em ordem"
     O vereador e líder do governo Fábio Fiedler, um dos nomes que estaria relacionado pelo MP, entrou no gabinete do prefeito às 10h30. Chegou com mochila às costas, aparência muito tranquila, mas não quis falar. Edson Brunsfeld, secretário de Articulação Política saiu do gabinete do prefeito pouco antes das 11h e chamou seus assessores para uma reunião em sua sala. Evitou comentar o teor da conversa com o prefeito e a investigação da promotoria pública. Walfredo Ballestieri, secretário do Planejamento, que também esteve no gabinete, disse que em sua pasta não há qualquer problema e estranhou a busca promovida, pois garante que é praxe atender a todos os pedidos do MP ou Justiça, "e são muitos", observou enquanto tomava um cafezinho no saguão.

17 dezembro, 2012

Tapete Negro: Investigação abrange sete anos de contratos

    A Operação Tapete Negro, que nesta segunda-feira surpreendeu muita gente "boa" nesta Blumenau, é consequência de trabalho desenvolvido pelo promotor público Gustavo Mereles Diaz, da Moralidade Administrativa. Ele suspeitou dos contratos firmados entre Prefeitura Municipal e empreiteira para a pavimentação de algumas dezenas de ruas. E passou a investigar. Seu trabalho partiu dos contratos feitos a partir de 2005. As investigações abriram um leque grande de suspeitos entre servidores públicos e empreiteiros, a ponto de o trabalho ter passado para a Procuradoria Geral de Justiça, em Florianópolis.
    O mesmo promotor está investigando o pedido de revisão de contrato que faz a Foz do Brasil. Igualmente ai há indícios de ilegalidade e sinais de prejuízos aos cofres públicos. E mais, acredita que o serviço de  abastecimento de água terá prejuizos, assim como o consumidor, em função do crescimento dos valores que o Samae terá que destinar à Foz, se for assinado o aditivo ao contrato nos termos exigidos pela empresa concessionária.

Ministério Público patrocina um fecho negro para governo Kleinubing

Procurador Graziotin e promotor Jean Forest (ao fundo)
      O governo Kleinubing encerra com um fecho negro, com reflexos que ficarão evidentes nos próximos meses e até anos: fraudes em licitações, superfaturamento, formação de quadrilha nas obras para asfaltamento de ruas de Blumenau são suspeitas do Ministério Público. E nesta segunda-feira, cerca de 40 policiais e promotores públicos integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaecos), percorreram residências, órgãos públicos e sede de empresas recolhendo documentos para enriquecer provas da investigação em andamento. Era a operação "Tapete Negro". A quantidade não foi revelada, mas veio um caminhão baú da Procuradoria de Justiça de Florianópolis para o transporte do material apreendido.
        Às 7h30 desta segunda-feira os policiais começaram a cumprir os 37 mandados de busca e apreensão expedidos na sexta-feira pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Ao longo do dia estiveram na Secretaria de Obras, na Urbanizadora, na casa de vereadores, de servidores públicos e de empreiteiras que venceram licitações ou que foram contratadas para asfaltamento de ruas na cidade.
        No meio da tarde o procurador Alexandre Reynaldo Graziotin, da Coordenadoria de Contra-Inteligência e Segurança Institucional, deu entrevista sobre a "Operação Tapete Negro". Utilizou a sala em que trabalhava o promotor Jean Forest, do Gaeco de Itajaì, que veio participar da operação. Não detalhou muito por restrições legais à divulgação das investigações. Disse que algo em torno de 30 pessoas estão sob investigação e nos locais de trabalho e residência de algumas delas houve apreensão de documentos. O material, integrado por papéis e arquivos digitais vai para análise na Procuradoria Geral de Justiça, na Capital. O procurador Graziotin acredita que serão necessários pelo menos quatro meses de análise desta documentação.
À tarde, agentes aguardam orientações no MP

Policiais a serviço da promotoria no fórum de Blumenau
Caminbão do MP para transportar documentos apreendidos




15 dezembro, 2012

Governo Napoleão começa a trabalhar

"Efiiciência é nossa prioridade". Napoleão
    Este sábado pode ser considerado o primeiro dia de trabalho do governo Napoleão Bernardes. A 16 dias da posse o secretariado já indicado e alguns diretores foram reunidos para um seminário, no Hotel Himmelblau, o que é algo inédito. E a linha de governo foi definida nas primeiras palavras do quase-prefeito: "Eficiência é nossa prioridade".
    Estavam lá, em mesas em forma de U, 37 pessoas. Além do vice-prefeito Jovino, dos secretários e diretores que integram o novo governo, alguns convidados, como presidente do PSDB Dalírio Beber, o presidente municipal Paulo Goveia e a esposa Karen; vereadores do partido e do DEM e o irmão de Napoleão, Caio ("..é importante a participação da família", destacou o anfitrião).
    Uma oração com maõs dadas marcou o inicio dos trabalhos, que se estenderiam até o meio da tarde. Integrantes do governo e convidados ouviram, antes de mais nada, qual será o compromisso de todos: "Vamos ouvir as pessoas, atender as pessoas, com eficiência e a menor burocracia possível". Esta é a linha apontada por Napoleão que deixou também um alerta: "Seremos um governo moderno, criativo e haverá cobranças por resultados". O prefeito eleito ainda lembrou que todos devem levar em conta a expectativa de 130 mil eleitores e alertou: "Não podemos frustrar as esperanças em nós depositadas pela sociedade".
Paulo Costa, coordenador, com Napoleão, acertando detalhes
Uma oração, sugestão do vice Jovino, na abertura
Seminário franciscano, inicio às 8h40, sem café

Stodieck, na apresentação individual
Gevaerd, Raimundo e Lessa, em primeiro plano