Os quase 51 mil quilômetros rodados em 43 meses não reduziram a energia e entusiasmo do aventureiro José Brito. Mas consumiram até agora, 16 pares de pneus. A bicicleta, com quadro de ferro, 18 marchas, foi comprada por R$ 800,00, no
Armazem Paraíba, uma das grandes redes comerciais do
Nordeste, que também é fabricante do veículo. Com ela carrega 43 quilos de bagagem. E está resistindo bem à maratona, comemora o ex-metalúrgico, pai de três filhos.
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Cartaz informa partida e destino e na bagagem, 43 quilos |
Ao longo deste tempo de das longas e muitas vezes inóspitas e mal-pavimentadas estradas, sofreu um único e, segundo ele próprio, prosaico acidente: foi a colisão com uma carroça quando atravessava a
Chapada Diamantina, na Bahia. O resultado foi um ferimento no braço que o deixou inativo por 30 dias. Além disso, ficou mais um mes e meio sem pedalar por culpa de um inseto conhecido no Norte do país como mosquito palha. "Cansado, dormi sob um viaduto quando atravessava o Amazonas e fui picado", conta ele. A picada pode ser mortal e tratamento exige 45 aplicações diárias de medicamento injetável, o que o reteve por aquele período em Rondonia.
Outros imprevistos desta longa e exaustiva jornada foram dois roubos, um no Amazonas e outro em Salgueiro, interior de Pernambuco. Os ladrões levaram alguns poucos pertences e, neste último, uma câmera fotográfica, com todo registro que havia feito na região Norte do país. Mas isto não arrefeceu nem um pouco a alegria e o enriquecimento que a viagem está lhe proporcionando, admite.
Sem data para encostar a bicicleta em sua casa, na pequena Xinguará, José Brito segue daqui rumo ao Pará.
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