Um dia inativo por culpa, mais uma vez, da GVT. Para postar esta nota recorri a um wifi no shopping. O fato, provavelmente jà não é novidade: a tarifa do transporte coletivo de Blumenau apresentada pelo Seterb ao prefeito, de R$ 3,05. Mas, o mais importante do que o anúncio do valor, feito pelo presidente da autarquia Sérgio Santos, nesta quinta, na Câmara de Vereadores, foi a revelação de que o consórcio Siga não segue, ou cumpre, o contrato.
Sérgio Santos disse que não há controle de qualidade da frota, do tempo de serviço dos coletivos, do cumprimento de horários, da frequência das viagens. Ou seja, o consórcio opera como bem entende, há tempo. Perguntei se isto é evidência de omissão, negligência, irresponsabilidade da administração Kleinubing. Evitou a resposta direta, disse apenas que isto é passado e que o importante é que a partir de agora serão exigidas e examinadas detalhadamente planilhas e o cumprimento do contrato, o que inclui renovação da frota.
Bem, mudou o presidente da autarquia, mas os demais servidores, aqueles que deveriam fazer a fiscalização e exigir o cumprimento de contratos continuam lá.
Quanto à nova tarifa, vigora 10 dias depois de o prefeito assinar decreto aprovando-a.
Informações, críticas, opiniões e imagens desta cidade. E, eventualmente, de outras também.
21 fevereiro, 2013
19 fevereiro, 2013
Parque São Francisco: Inexiste documento de interdição
"A FAEMA poderá contratar ou fazer convênio com órgãos e entidades públicas ou privadas para o planejamento, recuperação, conservação, proteção e manejo do Parque Natural Municipal "São Francisco de Assis". O texto é do Parágrafo Único do Artigo 14. da Lei 99/95. Portanto, legalmente, a administração municipal poderia recuperar os alegados danos ambientais ao parque que colocariam em risco os visitantes.
Mas que danos são esses? Inexiste na Defesa Civil, hoje parte da Secretaria da Defesa do Cidadão, qualquer documento interditório. Fui lá na sexta-feira, em busca de algo que formalizasse ou determinasse a decisão, sem que nada fosse localizado. Confirmei nesta segunda, por telefone. A única referência aos danos ambientais está no Parecer Técnico 20/2010, da Diretoria de Geologia e feito a pedido da Faema. O parecer esclarece o tipo de solo da área, observa que "movimentos de massa" podem se repetir, como processo natural do ambiente, e que isto determina existência de risco.
As recomendações dos geólogos foi pela implantação de programa de monitoramento geotécnico, que inclui instalação de instrumentos para medir volume de água e de chuva e controle da visitação. Descartam a execução de obras de estabilização e alterações ambientais.
Não parece tão complicado, não? Uma estação para medir volume de chuva e nível d´água, que podem antecipar possibilidades de eroção ou movimentação de terra. A partir daí, estabelecer alguns eventuais limites ou fechamento temporário do local.
Nesta segunda pela manhã, depois que liguei para a FAEMA para dizer que iria ao Parque fazer fotos, o presidente Lesse informou, por intermédio de assessor, que dentro de 60 dias, talvez, haja novidades. Semana passada não tinha nada.
Uma vista do que era uma represa |
As recomendações dos geólogos foi pela implantação de programa de monitoramento geotécnico, que inclui instalação de instrumentos para medir volume de água e de chuva e controle da visitação. Descartam a execução de obras de estabilização e alterações ambientais.
Não parece tão complicado, não? Uma estação para medir volume de chuva e nível d´água, que podem antecipar possibilidades de eroção ou movimentação de terra. A partir daí, estabelecer alguns eventuais limites ou fechamento temporário do local.
Aos poucos a Natureza ocupa as trilhas |
Local para meditar, saborear, há muito sem ser desfrutado |
As bromélias florescem, mas quem as aprecia? |
Eletrodomésticos, utensílios, no abandono |
Água limpida na pequena queda d´água |
Parque São Francisco: área continua no abandono
Se você é daqueles que gostariam de estar mais próximo da Natureza, bem ali, no Centro da cidade; levar filhos, a esposa, namorada, para um passeio no Parque São Francisco, esqueça. Fechado desde 2008, vai continuar assim, sabe lá até quando. O novo governo municipal e o novo dirigente da Faema não mostram, aparentemente, interesse em modificar o quadro de abandono deixado pelo governo Kleinubing. Na semana passada o presidente da Faema, Anselmo Lessa disse-me quando questionei a situação do parque, que o local requer investimentos para recuperação da área e que o município não tem verbas e nem poderia investir porque a área é particular. O secretário de Defesa do Cidadão, que era vereador, Marcelo Schrube, estava junto e reforçou: “A Defesa Civil interditou em 2008”. Está liberado apenas para pesquisas, acrescentou ele.
Por desinteresse ou comodismo, estão errados, ambos. O Parque é área municipal, criado pela Lei Complementar 99/95, de 25 de outubro de 1995, pelo então prefeito Renato Viana. O terreno, com 223 mil m2, foi doado pela Provincia Franciscana, em troca de autorização para uso de outras áreas contíguas. Não está escriturado, é verdade, mas, como lembra diretor da Procuradoria Geral do Município, há dezenas de terrenos do município, não escriturados, abrigando escolas e nem por isso deixam de ser feitos os necessários investimentos.A seguir, alguma imagens do abandono em que a administração Kleinubing e Robson Tomazzelli (ex-Faema)
No totem, a imagem do abandono |
Na recepção, sala incendiada |
Vidros quebrados, sem reposição |
Vitrine estilhaçada |
Avisos tombados, deixados no chão |
Imagem de uma fundação do meio ambiente. Ou "afundação" |
Uma causa da interdição: assoreamento da represa |
Represa virou um pequeno córrego |
Trilhas desaparecem sob a vegetação |
A saida, quase escondida |
18 fevereiro, 2013
Nova ponte da cidade muda de lugar
No mapa a bem provável localização da nova ponte |
Representantes de várias entidades de classe, da Furb, e técnicos das secretarias de Planejamento e Obras (inclusive o secretario Paulo França) participaram deste novo encontro, no final de tarde, avançando pelo inicio da noite, na Prefeitura. E houve consenso: onde foi prevista aquela ponte vencedora de concurso (na Beira-Rio, saida da estreita Rodolf Freigang), é uma má ideia. Primeiro, porque o local é atingido por enchente, segundo, o trânsito continuaria complicado no Centro.
A sociedade, enfim, opina sobre obras da cidade |
Daqui a quatro semanas outra reunião semelhante ocorrerá. Para esta haverá novos números sobre fluxo de veículos, para contribuir na escolha de local e, principalmente se a nova ponte será com duas ou quatro pistas.
E já era admitido até mesmo a construção de mais uma ponte, pois com este novo projeto não será mais necessária a construção de uma passarela para pedestres ligando a Beira-Rio à Ponta Aguda, obra que custaria cerca de R$ 15 milhões (alem dos R$ 35 milhões em que foi orçada aquela ponte do concurso).
Aventura ciclistica: Acidente e roubos no percurso
Os quase 51 mil quilômetros rodados em 43 meses não reduziram a energia e entusiasmo do aventureiro José Brito. Mas consumiram até agora, 16 pares de pneus. A bicicleta, com quadro de ferro, 18 marchas, foi comprada por R$ 800,00, no Armazem Paraíba, uma das grandes redes comerciais do Nordeste, que também é fabricante do veículo. Com ela carrega 43 quilos de bagagem. E está resistindo bem à maratona, comemora o ex-metalúrgico, pai de três filhos.
Ao longo deste tempo de das longas e muitas vezes inóspitas e mal-pavimentadas estradas, sofreu um único e, segundo ele próprio, prosaico acidente: foi a colisão com uma carroça quando atravessava a Chapada Diamantina, na Bahia. O resultado foi um ferimento no braço que o deixou inativo por 30 dias. Além disso, ficou mais um mes e meio sem pedalar por culpa de um inseto conhecido no Norte do país como mosquito palha. "Cansado, dormi sob um viaduto quando atravessava o Amazonas e fui picado", conta ele. A picada pode ser mortal e tratamento exige 45 aplicações diárias de medicamento injetável, o que o reteve por aquele período em Rondonia.
Outros imprevistos desta longa e exaustiva jornada foram dois roubos, um no Amazonas e outro em Salgueiro, interior de Pernambuco. Os ladrões levaram alguns poucos pertences e, neste último, uma câmera fotográfica, com todo registro que havia feito na região Norte do país. Mas isto não arrefeceu nem um pouco a alegria e o enriquecimento que a viagem está lhe proporcionando, admite.
Sem data para encostar a bicicleta em sua casa, na pequena Xinguará, José Brito segue daqui rumo ao Pará.
Cartaz informa partida e destino e na bagagem, 43 quilos |
Outros imprevistos desta longa e exaustiva jornada foram dois roubos, um no Amazonas e outro em Salgueiro, interior de Pernambuco. Os ladrões levaram alguns poucos pertences e, neste último, uma câmera fotográfica, com todo registro que havia feito na região Norte do país. Mas isto não arrefeceu nem um pouco a alegria e o enriquecimento que a viagem está lhe proporcionando, admite.
Sem data para encostar a bicicleta em sua casa, na pequena Xinguará, José Brito segue daqui rumo ao Pará.
Aventura ciclistica: Ex-metalúrgico percorre do Brasil
Três anos e sete meses de estradas |
José Brito passou, de Palmas até o Chui, no extremo Sul, depois de ir até Monte Caburaí, em Roraima, o ponto setentrional do Brasil, 1097 cidades, de 26 estados, todas marcadas no mapa que carrega junto. O ponto de partida foi definido por ser o centro geodésico do país. "Ficou mais charmoso", disse ele, em uma rápida parada sob a figueira da Rua São Paulo. De lá subiu para o Norte, até Belém; viajou 57 horas em navio até Macapá, mais 23h até alcançar Almerinim, no Rio Trombetas. Viajou outras 54h embarcado para chegar a Manaus e daí rumar ao extremo Norte brasileiro.
Em dezembro último alcançou Chui, depois de percorrer 50.128 km. O retorno para o Norte está sendo pelo interior, "para melhor conhecer o país", diz o ciclista, que fica empolgado ao relatar a experiência. E, em casa cidade, região, se informa dos costumes, dos aspectos historicos. E colhe depoimentos, tudo anotado e registrado em um volumoso caderno espiral que carrega na bagagem.
Aqui na cidade obteve hospedagem no albergue municipal e ao longo da viagem conta com a colaboração popular. "Só preciso comer. As vezes recebo um não, mas sempre há alguem disposto a me ajudar", comemora. Daqui, a viagem segue por Massaramduba, com passagem prevista também por São Bento do Sul.
José Brito registra sua aventura em um caderno |
Cidades por onde passo, assinaladas uma a uma |
15 fevereiro, 2013
Envolvido na Operação Tapete Negro examina processo
O atual gerente administrativo da Secretaria de Serviços Urbanos do município, Eder Marchi, passou boa parte da tarde desta sexta-feira mergulhado nos volumes de documentação da Operação Tapete Negro. Sentou-se ao lado da mesa de uma assessora do promotor de justiça Gustavo Mereles Diaz e leu páginas e páginas.
Ex-secretário de Serviços Urbanos, é um dos investigados pelo Ministério Público, que coletou documentos e gravou conversas telefônicas que envolvem servidores públicos da administração João Paulo Kleinuibing em irregularidades e crimes contra o erário público. Eder que garante ser inocente, foi ao forum nesta sexta, depois do experiente na prefeitura, claro, e pediu autorização ao promotor responsável pelas investigações, Gustavo Diaz, para manusear o processo e saber o que pesa contra ele.
Mereles, por sua vez, está em fase de identificar e catalogar a documentação, contando com alguma orientação do GAECO (Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas
Uma tarde de leitura indigesta |
Mereles, por sua vez, está em fase de identificar e catalogar a documentação, contando com alguma orientação do GAECO (Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas
Legislativo pede à Justiça documentos da Operação Tapete Negro
O presidente do Legislativo Vanderlei Oliveira (PT) pediu e o procurador Lucínio Nones encaminhou à Justiça pedido para que sejas remetidos à Câmara de Vereadores cópias dos registros de escutas telefônicas e de documentos apreendidos na Operação Tapete Negro. O documento chegará às mãos da juiza Ana Karinna Anzanello, da 2a. Vara Criminal, a quem foi dirigido, nesta sexta ou provavelmente na segunda-feira.
"Os vereadores, como fiscalizadores do Poder Executivo precisam saber o que se passou e como", argumenta o autor do requerimento. Oficialmente, está é a motivação: ter conhecimento do que fizeram e como fizeram os gestores públicos investigados. Mas, evidente, que este material, se a Justiça acolher a solicitação, servirá para originar e alimentar uma Comissão Parlamentar de Inquérito - possibilidade já manifestada pelo vereador Jefferson Forest (PT) - ou mesmo uma Comissão Processante.
Mas, como fiz no caso do projeto de Ivan Naatz, antecipo: não serão atendidos. O processo continua em segredo de Justiça.
"Os vereadores, como fiscalizadores do Poder Executivo precisam saber o que se passou e como", argumenta o autor do requerimento. Oficialmente, está é a motivação: ter conhecimento do que fizeram e como fizeram os gestores públicos investigados. Mas, evidente, que este material, se a Justiça acolher a solicitação, servirá para originar e alimentar uma Comissão Parlamentar de Inquérito - possibilidade já manifestada pelo vereador Jefferson Forest (PT) - ou mesmo uma Comissão Processante.
Mas, como fiz no caso do projeto de Ivan Naatz, antecipo: não serão atendidos. O processo continua em segredo de Justiça.
14 fevereiro, 2013
Vereador quer decidir sobre tarifa de ônibus. Mas há obstáculos
O vereador Ivan Naatz (PDT), líder do governo, conseguiu as oito assinaturas necessárias para encaminhar um projeto de lei dando aos vereadores a atribuição de definir as tarifas de ônibus da cidade. Bem, ultrapassou o primeiro obstáculo, mas acho nao avançara além disso. Para ir além, tem que receber sinal verde da Procuradoria da Casa e depois passar pela análise da Comissão de Constituição e Justiça. Tenho a impressão que não sobreviverá ao exame da procuradoria, por inconstitucionalidade, pois analisar e decretar tarifa do transporte coletivo é atribuição do Poder Executivo. Colhi a opinião de quem entende do riscado.
Jogo de cena do vereador, como aquele pedido de exame para saber se os vereadores condenados pela Justiça Eleitoral poderiam estar ocupando seus postos, que ele levantou na sessão inicial do ano? Bem provável, pois deve entender de leis.
Jogo de cena do vereador, como aquele pedido de exame para saber se os vereadores condenados pela Justiça Eleitoral poderiam estar ocupando seus postos, que ele levantou na sessão inicial do ano? Bem provável, pois deve entender de leis.
Segurança pública e minuto de silêncio na Câmara
Um minuto de silêncio, na abertura dos trabalhos da Câmara de Vereadores nesta quinta. Por quem? Bem, uma homenagem coletiva, aos blumenauenses, às pessoas com alguma relação com os vereadores, que morreram ao longo da semana. Uma inovação do presidente Vanderlei. Antes, teve sessão especial com convidados, quando segurança pública foi o assunto.
Um dos convidados foi o prefeito Paulo Eccel (PT), de Brusque, que fez um relato sobre a reunião da Associação dos Municípios do Médio Vale (Amavi), que ocorreu pela manhã, com a presença de presença de representantes de 14 municipios. Construção de presídios não é a prioridade, entenderam eles. O que é preciso, sim, observou Eccel, vice-presidente da entidade, é o estabelecimento de uma política de segurança pública. "Qual é a política para este setor, hoje.Instalar câmeras de monitoramento; adquirir veículos; comprar armamentos?" Não sabemos, por isso queremos uma reunião com o governador do Estado para discutir isso, relatou ele aos vereadores.
Já o comandante do Corpo de Bombeiros de Blumenau, tenente coronel Júlio Cesar da Silva, num discurso rápido e sem formalidades, aproveitou para pedir uma ambulância à Câmara de Vereadores e solicitou uma lei que autorize convênio do município com o Estado, para que permaneçam aqui as taxas pagas pelos laudos e alvarás concedidos pelos bombeiros. "Atendemos 2.800 acidentes no ano (número do ano passado) em Blumenau e nossas ambulâncias precisam ser renovadas. Este ano teremos que comprar três e entendo, pelo serviço que prestamos à comunidade, que a Câmara contribua", convocou ele. O comandante pediu licença também para apresentar o equipamento utilizado pelos bombeiros em incêndios do gênero do ocorrido em Santa Maria: roupa especial, máscarás,capacete, extintor utilizados pelo soltado que entrou no plenário, custam, disse o oficial, R$ 13 mil.
Um dos convidados foi o prefeito Paulo Eccel (PT), de Brusque, que fez um relato sobre a reunião da Associação dos Municípios do Médio Vale (Amavi), que ocorreu pela manhã, com a presença de presença de representantes de 14 municipios. Construção de presídios não é a prioridade, entenderam eles. O que é preciso, sim, observou Eccel, vice-presidente da entidade, é o estabelecimento de uma política de segurança pública. "Qual é a política para este setor, hoje.Instalar câmeras de monitoramento; adquirir veículos; comprar armamentos?" Não sabemos, por isso queremos uma reunião com o governador do Estado para discutir isso, relatou ele aos vereadores.
Eccel: queremos uma política de segurança pública |
Bombeiros: segurança que exige investimentos |
11 fevereiro, 2013
Um vira-latas no samba da Mocidade
Eu gosto muito de cachorro vagabundo
que anda sozinho no mundo
sem coleira e sem patrão
Gosto de cachorro de sarjeta
que quando escuta a corneta
sai atrás do batalhão
E por falar em cachorro
sei que existe lá no morro um exemplar
que muito embora não sambe
os pés dos malandros lambe
quando êles vão sambar
E quando o samba já está findo
vira-lata está latindo, a soluçar
Saudoso da batucada, fica até de madrugada
cheirando o pó do lugar..
Este era o estribilho e versos de um samba que cantava a Carmem Miranda. Lembrei-me dela e da cançao no domingo, quando fotografava a Mocidade, escola do Salto do Norte que se esforça por fazer carnaval de rua em Blumenau. Um pequeno e inquieto vira-latas acompanhava toda movimentação dos sambistas. Primeiro em torno das fantasias. Entrava e saia do chamado "barraco", depois acompanhava movimentação e preparativos da bateria e alas na rua. De um grupo a outro. Isto deste às 14h40 quando lá cheguei. Por fim, acompanhou, ou participou do desfile pela rua Joaham Sachse. Até o fim, lá pelas 18ih Tinha coleira, ao contrário do vira-latas do samba cantado pela Carmem Miranda, mas estava lá, sozinho, sem dono, apenas se divertindo. Um cão-sambista, sem dúvida.
que anda sozinho no mundo
sem coleira e sem patrão
Gosto de cachorro de sarjeta
que quando escuta a corneta
sai atrás do batalhão
E por falar em cachorro
sei que existe lá no morro um exemplar
que muito embora não sambe
os pés dos malandros lambe
quando êles vão sambar
E quando o samba já está findo
vira-lata está latindo, a soluçar
Saudoso da batucada, fica até de madrugada
cheirando o pó do lugar..
Este era o estribilho e versos de um samba que cantava a Carmem Miranda. Lembrei-me dela e da cançao no domingo, quando fotografava a Mocidade, escola do Salto do Norte que se esforça por fazer carnaval de rua em Blumenau. Um pequeno e inquieto vira-latas acompanhava toda movimentação dos sambistas. Primeiro em torno das fantasias. Entrava e saia do chamado "barraco", depois acompanhava movimentação e preparativos da bateria e alas na rua. De um grupo a outro. Isto deste às 14h40 quando lá cheguei. Por fim, acompanhou, ou participou do desfile pela rua Joaham Sachse. Até o fim, lá pelas 18ih Tinha coleira, ao contrário do vira-latas do samba cantado pela Carmem Miranda, mas estava lá, sozinho, sem dono, apenas se divertindo. Um cão-sambista, sem dúvida.
10 fevereiro, 2013
Na abertura do desfile, crítica ao governo e empresários
Dime Mocidade insiste, desde o ano 2000, em fazer da Mocidade uma grande escola de samba. E, como se não bastasse esse desafio, tem mais: fazer carnaval em Blumenau. Neste domingo, quando pôs mais uma vez a escola na rua, não poupou criticas aos administradores públicos e alertou possíveis patrocinadores. No microfone do carro-de-som contratado, agradeceu "seu Júlio", dono do terreno que pacientemente cede a área para que a escola monte ali seu "barraco", faça ensaio e seja ponto de partida do desfile. "Quem sabe um dia teremos uma praça pública onde poderemos fazer nossa concentração. Nosso bairro é um dos poucos da cidade que não tem uma praça sequer", disparou ele nos alto-falantes. E lembrou que os moradores do Salto do Norte tem parcela de culpa: "Damos nosso voto para candidatos de fora do bairro. O dia que elegermos um vereador daqui talvez conseguiremos uma praça".
Ao dar a partida ao desfile, que levou alguns moradores à rua, Dime Mocidade, chamou a atenção também dos empresários que poderiam contribuir com a escola, mas com os quais não conta: "Agora somos pequenos, mas vamos crescer, ficar grandes e aí, vai ser mais caro para estar conosco". Atualmente Dime tem pequenos patrocínios de meia dúzia de comerciantes instalados no bairro.
Dime, camisa azul, persistente e crítico |
Concentração e "barraco", em terreno emprestado |
A escola, que um dia será grande, aposta seu presidente |
Um dos raros patrocinadores, no desfile |
Mocidade, a escola que persiste em fazer Carnaval
Vai pra rua a única escola de samba da cidade |
Dime Mocidade, nervoso, cuidava de tudo. Dos instrumentos, das fantasias. Corria até o carro-de-som e pedia, mais do que isso, incentivava todos a consumir cerveja e comprar camisetas da escola. "Precisamos pagar este som, que é caro, muito caro", propagava. Na frente do "barraco" da escola, uma barraca com as camisetas, vendidas a R$ 7,00 com direito a um ticket para uma latinha de cerveja.
Ainda chovia quando chegou um ônibus trazendo a bateria da Escola de Samba Família, de Itajaí, sob o comando do Odair. Retribuiam a visita feita no sábado por integrantes da Mocidade. Enquanto isso, sob a lona, as filhas de Dime, Tamara, Rainha da escola e Thamire, porta-bandeira, preparavam-se e recebiam ajuda na maquiagem.
Às 15h30 a chuva cessou...a Mocidade ganhou a rua, até com ala de baianas, quatro, e também mostrou que tem alemão no samba. Rodrigo Uliano, Guilherme e Camila, desfilaram com traje típico. Afinal, o samba-enredo homenageava o alemão Johann Sache, que denomina a rua onde desfilam.
Num terreno emprestado, ensaios e .... |
....o improvisado barraco da escola |
Sob a chuva, concentração dos carnavalescos |
Vagas e fantasias para todas as idades |
Porta-bandeiras se prepara... |
... e ganha apoio no apronto |
A rainha Tamara, na diminuta fantasia... |
...capricha na maquiagem |
Bateria da Escola Família, apoio que veio do Litoral |
Ala de frente, preparando-se para o desfile |
Nas calçadas, público local |
Thamires e Duta, esforçados Porta-bandeira e Mestre-sala |
Lá estava, a ala das baianhas |
Bateria co-irmã retribuindo visita |
Sambando por um quilômetro e meio |
O carro alegórico, com navio que trouxe Sache e réplicas de prédios |
E teve alemão no samba, também |
A Mocidade do futuro já está em formação |
A rainha e o presidente, pai e filha unidos na alegria |
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