A iniciativa privada é mais eficiente, mais ágil, mais capaz do que o serviço público. Certo? Nem tanto, nem sempre. Isto pode ser relativo. Tem sido comum este raciocinio, silogismo, e me ocorreu novamente esta tarde, ao ouvir um relato de um amigo. Semana passada, dizia ele, servidor da Secretaria do Planejamento de Blumenau estava na rua quando seu chefe, o secretário, ligou no celular. "Passa lá no shopping (Neumark), eles estão com um problema", ouviu. Lá foi ele imaginando que era algo relacionado ao trânsito.
Mas, surpresa, o problema, que lhe foi apresentado, foi o baixo acesso de usuários ao novo estacionamento. Foram R$ 9 milhões investidos, para criar 320 novas vagas, que não são usadas. E o shopping, quer dizer, a eficiente "iniciativa privada", queria socorro do poder público.
O servidor sugeriu que acionassem a equipe de marketing do estabelecimento. Mas posso acrescentar algumas sugestões: que tal oferecer o estacionamento gratuito aos clientes? Quem sabe cobrar um valor simbólico? Por último, talvez ajudasse a contratação de profissionais que fizessem um estudo apontando causas de os clientes ignorarem o novo estacionamento e soluções.
Mas umas jovens, sorridentes, atraentes, com bandeirinhas e painéis com um "siga em frente", "é nova e está esperando por você" ou "vagas novinhas disponíveis pra você", talvez ajudasse. Quem sabe um carrinho daqueles de golfe, para levar os motoristas e passageiros até a porta das lojas? Bem, mas não sou do poder público, nem marketeiro.
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