De um lado da rua, um jovem, aparência de adolescente. Do outro, uma jovem na faixa dos 25 anos, segura de si. Ambos abordando os passantes, tentando retê-los por alguns segundos, o suficiente para expor argumentos que despertassem espírito de solidariedade, traduzido em algumas notas ou moedas.
Passaram o dia ali, em frente ao Shopping H e Banco Real, na Rua XV de Novembro, em busca de recursos, diziam, para uma casa de atendimento a dependentes quimicos, de Patos de Minas. "Também atendemos
crianças de rua em Navegantes", disse a jovem. Para reforçar a argumentação e ganhar confiança, ela exibia uma carteirinha; seu colega mostrava uma tatuagem com o nome da instituição "resgate.org.criança", no antebraço. A casa das crianças fechou, admitiu ele, mas a que atende dependentes está ativa e precisa doações.
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Abordagens em dupla, para uma duvidosa instituição |
Pouco consistente a atuação da dupla. Tentei encontrar informações sobre esta possível organização não governamental na internet. Achei um video sobre a
resgate.org de Patos de Minas. Existe, mas a busca de contribuições é feita por voluntários, uniformizados e oferecendo balas de banana, que não era o caso da dupla da Rua XV. E, em fevereiro deste ano, três jovens foram detidos pela polícia de Araranguá, por abordar pessoas e pedir dinheiro, com as mesmas características e argumentos apresentados aqui.
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