Manhã curiosa esta de sábado: enquanto, em frente à prefeitura manifestantes clamavam por uma saúde mais qualificada e pela construção de um hospital infantil, médicos e acadêmicos de Medicina igualmente protestavam. O desinteresse dos governantes e dos políticos em geral pela Saúde foi um dos alvos. Mas, o principal, pelo que percebi, foi a possivel contratação de médicos de Cuba pelo governo: queremos o Revalida, clamavam eles, em frente à Igreja Matriz.
Dirigentes do Centro Acadêmico de Medicina da Furb e, pelo Sindicato Médico o Dr. Carlos Seabra, falaram em nome dos profissionais. Admitem que há falhas e até a possibilidade de erros, mas culpam a má estrutura da Saúde, como leitos insuficientes nos hospitais, falta de equipamentos e, sobretudo, a dificuldades dos pacientes em fazer exames necessários para um diagnóstico seguro. "Os pacientes levam meses para conseguir um ultrassom, uma ressonância", criticam.
Quando à possível vinda de médicos cubanos, os manifestantes exigem que o governo ponha em prática o que criou há alguns anos: o exame de verificação da capacidade profissional de médicos estrangeiros ou formados no Exterior, o Revalida, para que possam exercer a profissão aqui. "Estamos preocupados com a qualidade", disseram.
Esta manifestação, que lembrou que os políticos tem atendimento no Hospital Sirio Libanes, enquanto para a população "médicos que não falam português", não foi em consequência do protesto pela morte do menino Pedro Henrique, "apenas uma coincidência de data", observou o presidente do Centro Acadêmico.
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