"Deu um tiro no pé", ou "pagou mico". Qualquer dessas expressões combinaria com iniciativas do prefeito João Paulo Kleinubing junto à Câmara de Vereadores neste mês de agosto. Primeiro foi a viagem negada aos Estados Unidos, para um curso em final de mandado. Na semana passada, foi a tentativa de desviar verbas destinadas ao desassoreamento dos ribeirões Fortaleza e Garcia, para, segundo projeto de Lei encaminhado aos vereadores, pagar juros. Os vereadores dos bairros que seriam prejudicados reagiram, lógico, e o projeto terminou sendo retirado da pauta pelo líder do governo para evitar vexame maior.
Nesta terça-feira, uma nova tentativa frustrada de melhorar o caixa da prefeitura, encontrou obstáculos na Câmara Municipal. O prefeito mandou para votação Projeto de Lei 6.309 "autorizando abertura de crédito adicional suplementar no orçamento do Fundo Municipal de Saúde", no valor de até R$ 3,5 milhões. A origem do dinheiro seria a própria Câmara, que estaria, se aprovasse, concordando em antecipar a economia feita ao longo do ano da verba que constitucionalmente recebe do Executivo.
Os vereadores votaram e aprovaram, é verdade, mas com emenda: autorizaram a abertura do tal crédito suplementar, a partir do dia cinco de dezembro. Normalmente o dinheiro economizado pelo Legislativo, o que também poderia identificado como "sobras orçamentárias", é devolvido e destinado à Saude no final da legislatura, em torno do dia 15 de dezembro. Portanto, com a emenda aprovada, a secretaria poderá contar com este dinheiro extra dez dias antes do habitual.
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