Em anos passados, coisa de duas décadas pelo menos, a cidade paulista de Itú ficou nacionalmente conhecida pelo exagero. Tudo lá era grande, gigante. Por aqui não chegamos a tanto, mas noto uma tendência de extrapolar números, para valorizar. Na semana passada, perguntado pela influência no trânsito das obras na margem esquerda do rio Itajaí-Açú, o prefeito Kleinubing não teve dúvidas e disparou em entrevista na TV: "serão milhares de caminhões trafegando".
Hoje, segunda, vejo no jornal e assisto na TV, informações de que o Teatro Carlos Gomes esteve "lotado" no fim de semana, quando ocorreram as apresentações de música, teatro e outras artes, durante 24 horas ininterruptas, iniciativa do Colméia Coletivo de Artes. Assessor do TCG, que foi parceiro do evento, avaliou em 4 mil pessoas os participantes, como artistas e platéia. Iniciativa ótima, bem-vinda, mas longe, infelizmente, de lotar o teatro. Eu vi. Lá estive no sábado e no domingo. Talvez na próxima edição, com divulgação mais ampla, que chegue aos bairros, o TCG lote. Tomara pois nossos artistas merecem público. Mas, se o prefeito exagera nos números, porque o pessoal da cultura não fazê-lo?
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