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24 abril, 2012
No Museu, a placa da vaidade
Placa de inauguração em obra pública a gente sabe, é inevitável. Todo administrador quer deixar seu nome evidente. Agora, placa pela reabertura de uma unidade de serviço, sem que nada tenha sido feito, é, sem dúvida, pura demonstração de vaidade. E está lá, no Museu da Água e ETA 1 (estação de tratamento de água do Samae). Vi nesta terça-feira.
Foram dois anos e quase dois meses que o Museu ficou fechado ao público, depois do desastre ambiental de novembro de 2008. O dano maior foi desbarrancamento de parte do terreno ao lado da estação de tratamento, sem que a tenha atingido ou impedido o acesso. E no período em que ficou fechado, no Museu não recebeu qualquer melhoria, nem mesmo foram renovadas algumas peças do acervo, como imagens que se desgastam, ou simplesmente substituidos paspatur (aquela moldura, ou janela usada para acabamento) com fungos. Mas a placa, em inox, está lá, com o nome do prefeito, do presidente do Samae, do vice-prefeito, e uma conta de R$ 300,00 e R$ 400,00, certamente. Bem, jamais serão esquecidos por este feito magnanimo.
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