Gerson, aquele talentoso jogador, canhotinha que deu muitas alegrias aos brasileiros na década de 70, ficou mais conhecido, infelizmente, como sinônimo de malandro, "esperto", o típico egoista. Tudo por causa do bordão que o fizeram ler em uma campanha publicitária em que pretendia, apenas, reforçar o orçamento. "Gosto de levar vantagem em tudo", dizia.
Lembrei dele e do que ficou conhecido como "Lei de Gerson", quando me deparei com o projeto de lei do vereador Marco Wanrowsky (PSDB). Ele propõe alterar a lei da Área Azul, que ele e seus pares aprovaram no final do ano passado.
Sua proposta é que o motorista pague apenas o valor referente ao período em que deixou o carro em uma vaga daquela área, sem cartão de estacionamento. E isto, em prazo de 15 dias. Tem mais: o período deve ser contado a partir do momento em que a monitora deixar o aviso da irregularidade.
Ou seja, "fica tudo como dantes no quartel de Abrantes" e os "gersons" do nosso trânsito, que não são poucos, vão aplaudir.
Esta absurda "lei de gerson", quer dizer, do Wanrowky, tá na Procuradoria da Câmara Municipal, que dirá se legalmente pode ir a votação.
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