21 março, 2013

Um pedido de CPI que nem sequer a pizza chegará

    O vereador petista Jefferson Forest protagonizou o principal assunto do dia na Câmara de Vereadores, nesta quinta, ao apresentar oficio requerendo a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito. Ele quer a investigação sobre a utilização de empréstimos feitos entre a administração municipal, no governo Kleinubing, com o Badesc (agência de crédito do governo hoje dirigida pelo mesmo Kleinubing). Mas, já deu para perceber que o oficio dificilmente chegará ao presidente do Legislativo, o também petista Vanderlei Oliveira.
     Jefferson anuncia desde que assumiu o mandato sua intenção de criar uma CPI para investigar irregularidades no Executivo, seguindo os passos da Operação Tapete Negro em andamento pelo Ministério Público. O foco seria o desvio de recursos provenientes do Badesc. Parte dos R$ 30 milhões emprestados pela agência estatal para pavimentação de 40 ruas, mais R$ 2,5 milhões para obras do PI5 ( o dique contra cheias da Fortaleza) e R$ 10 milhões para a recuperação da margem esquerda do Rio Itajaí-Acú, teriam sido desviados para outras obras, acusa o vereador.
      Mas, para dar prosseguimento ao ato, Jefferson precisa cinco assinaturas, o que parece ser quase impossível. Garantidas ele teria apenas  a dele próprio, a do colega petista Adriano e a do pepista César Cim. Os vereadores do chamado bloco governista (Roberto Tribess (PMDB), Marcos da Rosa (DEM), Jens Mantau e Maurício Goll (PSDB) e Oldemar Becker (PPS), alegaram que se reunirão nesta sexta, pela manhã, para discutir o assunto, mas Marcos da Rosa, por exemplo, adiantou que não assinará. "O Ministério Público já esta investigando e tem melhores condições do que nós para isso", justificou. Entre os vereadores do PSD igualmente não encontrará aliados, como revelou Robinson Soares, que simplesmente disse que não assinará e Zeca Bombeiro, igualmente contrário. "Se houver algum processo contra o Badesc, o município ficará impedido de buscar financiamentos na instituição por oito anos. Vale a pena?", questionou        Bombeiro.
      Resumindo, o pedido de CPI ficará nisso mesmo: num pedido.
   
   

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