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Coros do 25 de Julho, orquestras e solistas na homenagem a Geyer |
Foi uma noite como nos velhos tempos, naqueles que fizeram Blumenau ser conhecida como uma cidade que respirava cultura. O concerto
"Viver é Lutar", homenagem do
Teatro Carlos Gomes e
Escola de Música ao maestro, pelos 30 anos sem o compositor, arranjador Heinz Geyer, nesta quinta-feira à noite, foi isso, uma volta aos bons tempos. E lotou os 680 lugares do teatro que muito deve ao trabalho deste profissional da música nascido em 1897, na cidade de Mülheim an der Ruhr (Alemanha) e que se radicou em Blumenau em 1921.
Heinz Geyer, falecido em 1982, organizou a primeira orquestra sinfônica da cidade, no tempo em que o atual Carlos Gomes se chamava
Sociedade Teatral e Musical Frohsinn, formou e regeu coro sinfônico. Compôs obras para orquestras, coros, óperas baseadas em canções folclóricas, canções para coro infantil, obras para balé e inúmeros arranjos. Este acervo começou a ser catalogado somente no ano passado.
Nesta quinta, a diversificada platéia que acorreu ao Teatro Carlos Gomes foi brindada com nove composições de Geyer, executadas pelos pianos de Paulino Junker Júnior e Bruno Leonardo Theiss; pelos coros Masculino LiederKranz e o feminino do Centro Cultural 25 de Julho, pelas Orquestra Prelúdio, da Escola de Música e Orquestra da Furb. Roseli Weingarther e Ruth Klein foram solistas; José Carlos Oeschsle, Roberto Rossbach e Luiz Lenzi regentes (dos coros, o primeiro e das orquestras os dois últimos). A abertura desta festa da cultura musical foi a execução do Hino Nacional, ao som das arpas de Gustavo Beaklini e Gabriel Viena e do saxofone de Suelen Mondini.
Os promotores do evento,
Escola de Música do Carlos Gomes e o próprio Teatro, reservaram momentos para homenagear pessoas ligadas afetiva e profissionalmente ao maestro. Eunice Geyer recebeu a homenagem destinada à família; Mária Schwabe Ferreira subiu ao palco pela lembrança à sua mãe, a solista Rita Schwabe, já falecida, que trabalhou com Geyer. Iris Colin Ramers, organista do maestro e Erika Flesch, que era a letrista nas composições do músico, foram outras homenageadas. Esta última representada pela neta, a saxofonista Fernanda Flesch Hoots.
No saguão do teatro, continuavam em exposição objetos, instrumentos musicais, fotos, documentos e partituras que foram produzidos, utilizados ou que registram momentos da vida deste maestro que elevou, culturalmente, esta cidade.
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Hanz, em bronze, festeja com seus admiradores |
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Ingresso gratuíto e platéia lotada |
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Instrumentos musicais utilizados pelo maestro |
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Nosso hino, executado por arpas e saxofone |
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Os excelentes coros Liederkranz..... |
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...e o feminino do Centro Cultural 25 de Julho |