30 junho, 2014

O prefeito pode voltar a sorrir. Terminou a greve

Voto pelo fim da greve não foi unânime
       Frustrados, indignados, cansados e ameaçados, os servidores municipais em greve capitularam no 41º dia de paralisação e aceitaram a proposta que lhes oferecia miseráveis 3% de aumento, distribuído em três parcelas. Mas a demora em votar deixou evidente o descontentamento: durou 1h30 a assembleia, com várias manifestações contrárias. Um dos que defendiam a continuidade, médico, funcionário da Saúde, desabafou: saímos derrotados, mas este Napoleão terá seu Waterloo (referia-se a guerra em que finalmente foi aniquilado o imperador francês).
       A proposta que inclui negociações para encaminhamento de plano de cargos e salários para o pessoal da Saúde e reenquadramento dos funcionários das categorias 1 e 2 (os salários mais baixos), mais abono de R$ 20,00 para estes até o final deste ano, foi discutida desde sexta-feira, com intermediação do promotor público Odair Tramontin. A proposta também incluiu o desconto de 25 dias parados, mas admitiu o ressarcimento pela prefeitura dos dias que forem repostos. A negociação terminou em uma derradeira reunião que durou do final da tarde de domingo até às 21h.
       E terminou sem que fosse discutido a reposição de perdas salariais, principal motivo da greve, nem um aumento mais próximo do que pretendiam para o vale-alimentação. E mais, foi apresentada como um "pegar ou largar". Ou seja, sem qualquer possibilidade de ser aprovada em partes. Nada mais seria negociado, foi o que o Sintraseb ouviu.
Sueli e Sérgio, sem margem de negociação
      Diante deste quadro e a evidencia de que daí para a frente o movimento ficaria na dependência exclusiva de decisões judiciais e do desgaste entre os grevistas - provocada por pressões e ameaças do governo ou chefias, e até familiares -, o Sintraseb sugeriu a aprovação da proposta. Sem a unanimidade de votações anteriores, a greve finalmente terminou. Mas é provável que também cheguem ao fim "pasteladas" e outras iniciativas de diretores de escolas, com apoio de professores, para arrecadar dinheiro e com isso fazer reformas ou adquirir materiais. Pelo menos foi o que propuseram grevistas ao microfone.
Antes da assembleia, sacolas e materiais prontos...
... para deixar a praça revelavam a vontade de encerrar movimento

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