02 julho, 2014

Tem coisas que criam raízes em área pública

     Pero Vaz Caminha, quando aqui aportou há 500 e poucos anos, percebeu: a terra é boa e se plantando tudo dá. Lembrei isso ao constatar que tem coisas que criam raízes com facilidade, em área pública. E deixo apenas três exemplos. O de uma "casa-container", depositada há uns dois anos em terreno na margem do Rio Itajaí-Açu, no inicio da Rua 2 de Setembro. Por algum tempo acompanhava uma faixa de vende-se, mas se desgastou. E ficou, está criando raízes no lugar. O proprietário poderia alugar, para moradia, ou pequeno comércio, talvez. O poder público não se importaria.
     
Vai ficar lá, como a placa de uma empresa especializada em oratória, que já passou por uns três prefeitos e permanece intocável, um pouco desbotada, em um canteiro no entroncamento da Rua Paris com a Lisboa.
       Por fim, com menos tempo, mas igualmente enraizada, está a cruz colocada em protesto pela morte de uma pessoa em acidente na Via Expressa. Foi em setembro do ano passado e provavelmente ficará marcando mais uma irresponsabilidade e vítimas do trânsito, como aquelas que volta e meia se encontra ao longo de rodovias.

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