01 agosto, 2014

Uma história de superação ao desinteresse e pouca valorização

Qualidade musical reconhecida nacionalmente
A provavelmente melhor banda municipal do país ultrapassa meio século de existência, se aprimorando ainda mais. E, principalmente, superando secretários de Cultura mais ou menos competentes, e a indiferença ou interesse apenas formal de prefeitos pela instituição. Não é sem razão que a quase totalidade dos músicos usa seus instrumentos próprios.
     O atual secretário de Cultura Silvio Zimmermann e o prefeito Napoleão Bernardes estavam na apresentação comemorativa aos 52 anos, no Carlos Gomes. Ambos sorridentes. Afinal, tem uma instituição que orgulha Blumenau pela sua qualificação, diverte, anima, a um custo baixo. A prefeitura repassa à Sociedade Amigos da Banda Municipal apenas o equivalente a um salário mínimo a cada componente, a titulo de ajuda de custo.

      SOCIEDADE, A SALVAÇÃO
     Silenciada durante as administrações de Vilson Kleinubing e Renato Vianna, a Banda Municipal foi reativada no inicio do governo de Décio Lima. A criação da Sociedade Amigos da Banda Municipal foi a maneira de dar mais fôlego à instituição. Com isso pode atender de particulares e receber por apresentações. A banda não dispõe de veículos para transportá-la e aquisição de instrumentos só é possível quando recebe verbas da Funarte. “Com a última, de R$ 25 mil, há dois anos, conseguimos comprar um sax barítono, que era um sonho nosso, uma tuba e uma bateria”, diz o maestro, regente, trompetista e vocalista João Carlos Cunico.

      ESFORÇO PESSOAL 
       A deficiência de recursos, porém, não impede que a Banda seja reconhecida por músicos e maestros de outros grupos musicais do pais por sua qualificação. Três ensaios semanais, com três horas e meia de duração cada um, mais a participação em cursos com os melhores professores, em workshops, estes as custas e por iniciativa dos próprios músicos, fazem parte da busca pela excelência, observa o maestro e regente Cunico. Alguns dos 22 componentes tem cursos superiores de música, outros, talentos natos, como o clarinetista Andreas Flesch de Freitas. “Ingressou na banca com 10 anos de idade, hoje, com 13, já faz solo neste que é um instrumento dificílimo", comemora o maestro. 
       
Maestro e outros 21 músicos, prestadores de serviço
Sobrevivência, apesar de pouco apoio ao longo da existência
Talentos, como Andréas, reforçam a excelência da banda



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