26 agosto, 2014

Na teoria, tudo resolvido: o Frohsinn e seu mirante serão salvos

          O Restaurante Frohsinn está salvo. A parte do imóvel incendiada na semana passada será reconstruída nos moldes originais; o acesso ao mirante será livre para quem quiser curtir o visual que o centro da cidade e a curva do Rio Itajaí-Açu oferecem. Ficou tudo certo na reunião que o prefeito Napoleão Bernardes manteve com arquitetos Paulo Herwig e Chirochi Shimizu Junior, do escritório que projetou o velho restaurante, secretários e pessoal do Instituto Histórico de Blumenau, na manhã desta terça-feira. Agora só falta transformar isto em lei e encontrar algum interessado em investir e manter aquele local histórico com atividade turistico-cultural. Simples!
Uma reunião para discutir recuperação do imóvel histórico
        A reunião seria aberta à Imprensa, anunciou a Secretaria de Comunicação do Município. Não foi. Tivemos acesso apenas após concluída a conversa entre os participantes, um dos quais, o empresário Hans Prayon, que além de presidir o Instituto Histórico de Blumenau, foi um dos responsáveis pelo projeto e construção daquele que foi o mais típico dos restaurantes da cidade.
        SUGESTÕES ARQUITETÔNICAS
        Plantas originais requisitadas do Arquivo Histórico abertas sobre a mesa foram a base das conversações. Paulo Herwig, neto do arquiteto Henrique Herwig que fez o projeto do restaurante, e seu sócio Chirochi, se comprometeram a sugerir opções arquitetônicas para o aproveitamento da área de 30 mil metros quadrados a ser vendida. Também vão projetar a reconstrução da parte incendiada do imóvel. E na planta sobre a mesa, um detalhe desconhecido, o nome do restaurante: "Alpino". "Nem eu sabia, vi agora", disse Prayon, que na década de 60 pediu a seu amigo Henrique que projetasse um restaurante para aproveitar o belo visual que o Morro do Aipim oferecia. "Frohsinn foi nome escolhida em uma consulta popular feita pelo jornal da cidade", relembrou ele.
                                                                                       QUEM SE HABILITARÁ?
Prayon, prefeito e arquitetos Paulo e Chirochi
     Os representantes do IHB sairam mais tranquilos do encontro: "Temíamos que o terreno simplesmente fosse vendido", observou Hans Prayon. Mas haverá comprador disposto a seguir as exigências que a administração pública afirma que incluirá no edital? Somente a reconstrução de pelo menos 300 metros quadrados - os arquitetos não calcularam a extensão total a ser refeita -, custaria, a preços do mercado construtivo enxaimel, algo como R$ 420 mil.
      Ricardo Stodieck, secretário de Turismo e responsável pela área do restaurante incendiado, acredita que sim. Pelo Plano Diretor poderá ser construído até 18 mil m2, em imóvel com até 11 metros de altura. Com relação ao preço de venda, somente em fins de setembro, quando o projeto de lei e detalhes da licitação estiverem definidos, o governo começará a discutir. E antes de ser lançada a licitação, a venda deverá ser aprovada pela Câmara de Vereadores, o que ocorrerá em outubro, após as eleições. 

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