Prepare-se, se você mora em Blumenau. A fatura do
Samae, virá com aumento linear (médio) de 59,5% no próximo ano. O projeto alterando a lei que regula o serviço foi aprovado nesta terça-feira, na última sessão extraordinária da
Câmara de Vereadores. E serviu para mostrar quem é quem no legislativo: os vereadores
pedessistas Robinho, Mário Hildebrandt e Marcelo Lanzarim votaram com o governo, depois de garantir a seus colegas vereadores, em reunião reservada, que seus votos seriam contrários. No caso de Robinho, o curioso foi ele ter votado contra o projeto na Comissão de Constituição e Justiça.
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Jefferson: projeto de artimanhas e traição |
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Trairam o povo e trairam os colegas vereadores", disparou na tribuna o petista Jefferson Forest. "Sabia que este projeto tinha artimanhas e a traição dos três confirma". Ivan Naatz, que mesmo na condição de líder do governo, ainda, igualmente votou contra e foi à tribuna furioso: "Roeram a corda.Acabou o nosso papo", avisou ao vereador Robinho e mais: "Você merece mesmo a cassação". Vanderlei Oliveira deixou a presidência por alguns instantes, para também criticar a postura dos pedessistas: "Uma atitude vergonhosa. Trairam a população", apontando os índices exagerados do
aumento aprovado, e citando, como exemplo, o custo pelo gerenciamento do lixo, elevado em 381%.
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Ivan: "Roeram a corda" |
Enquanto Ivan Naatz acusava os pedessistas de traição, o também cassado Célio Dias (PR), defendia ardorosamente o voto a favor do aumento. Aos brados interrompia do pedetista, enquanto o presidente Vanderlei Oliveira avisava que estava quebrando o decoro parlamentar. Outro que foi à tribuna para criticar a "atitude vergonhosa", foi Adriano Pereira (PT), também destacando o prejuízo à população. Além de Adriano, Jefferson e Ivan, votaram contra o aumento os vereadores César Cim (PP), Oldemar Becker (PPS) e Zeca Bombeiro (Solidariedade).
NA JUSTIÇA
Mas o episódio não será encerrado com a votação da tarde desta terça-feira. "Vamos recorrer à Justiça", avisaram os petistas Vanderlei Oliveira e Jefferson Forest. O projeto enviado à Câmara no apagar das luzes, está repleto de irregularidades, disse Jefferson. Aliás, o procurador do Legislativo, Lucinio Nones, considerou parcialmente inconstitucional o projeto.
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