O despacho judicial tem argumentos inacreditáveis para os tempos em que vivemos: "....flagrante incitação de outros servidores para aderir à paralisação". E mais: os defensores do governo informaram e o desembargador acolheu um absurdo ainda maior e irresponsável: "... por elementos encartados em fólios (..sic) é possível aferir que o objetivo é a deflagração de uma greve geral com vários setores".
Com base nisso, e na informação dos advogados de que a decisão anterior do TJ não havia sido cumprida, o desembargador aumentou a multa diária à coordenadora do Sintraseb, Sueli Adriano, de R$ 50 mil para R$ 100 mil. Pior: determinou que seja indiciada por crime de desobediência, o que pode resultar em prisão - caso creches e unidades de saúde não voltem a atender. E mais: servidores não devem fazer manisfestação a menos de 500 metros e estabelecimentos públicos. A defesa apresentada pelo Sintraseb no Tribunal de Justiça aparentemente não foi sequer analisada.
O movimento, claro, vai continuar e nesta quinta-feira pela manhã haverá panfletagem nos terminais de ônibus para informar a população das razões da greve, que se resumem a descumprimento de promessas de campanha do prefeito e de acordo firmado entre Sintraseb e o governo municipal no ano passado.
MAIS BARRACAS NA PRAÇA
No oitavo dia de greve, a praça Victor Konder, ou a praça do "toco" da figueira, ganhou mais
barracas, evidenciando a maior adesão à greve dos servidores públicos municipais. Os grevistas chegavam aos 3.270, segundo o Sintraseb - sindicato da categoria e sem que o governo municipal acene com negociação. Motoristas e cobradores de ônibus anunciaram a possibilidade de parar por algumas horas em solidariedade e, pela manhã, Sérgio Bernardo, diretor do sindicato, leu nota enviada por uma empresa da cidade: "Registramos faltas de funcionários por causa da greve de vocês, mas mantenham-se firmes", incentivava o autor.
Imagens do dia:
Cornetaço no "Dia do Desafio" |
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