14 fevereiro, 2014

Criação de mariscos agride Natureza no Canto Grande


Bombonas, garrafas, lixo na baia
        Na semana passada, o relatório de balneabilidade da Fatma (Fundação do Meio Ambiente de SC), apontava como imprópria para banho o trecho da praia de Canto Grande, junto ao trapiche. Não surpreende. Pois, provavelmente, a questão do esgoto naquela área é tratada como a criação de mariscos na bela baia, próximo ao costão. Não entendo como os ambientalistas e Ministério Público, tão atuantes em Bombinhas, por ainda existirem por lá reservas de Mata Atlântica, ignoram os efeitos provocados por aquela atividade pesqueira sobre a Natureza.
        A análise da Fatma é apenas um motivo para destacar outro tipo de poluição, pois para a balneabilidade é analisada apenas a existência de coliformes em função de esgotos domésticos. Mas, se a avaliação fosse mais além, certamente os técnicos perceberiam a poluição causada pela criação de mariscos.
        IMUNDÍCIE
        No mar, bombona, garrafas pet e outros utensílios plásticos que sirvam como bóia, se espalham, sem limites. Em torno delas, sujeira, detritos. Sob as águas, cordoarias que se deterioram com o tempo e os dejetos dos crustáceos. E com reflexos ao longo das belas rochas que formam o costão: é sobre elas que os marisqueiros (ou pescadores, como queiram), depositam sobras da cordoaria; cordas que não servem mais, restos de materiais. O costão virou depósito do lixo, sem qualquer interferência de órgãos ambientais ou de ambientalistas. É compreensível a necessidade daquela atividade econômica para várias famílias, mas há um jeito melhor de se fazer, ou não?
As belas rochas do costão....

"emporcalhadas" pelos marisqueiros...
...que poluem o mar.....
... e fazem das grandes pedras...
....depósito de lixo


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