O conjunto de obras que ganhou a sigla PI 5, começou a ser executado após a enchente de 1992. Desde então veio se arrastando, e alimentando discursos de candidatos aos mais diversos cargos eletivos a cada eleição e aos ocupantes destes cargos após cada enchente ou ameaça de inundação. A obra mais importante deste conjunto, o dique junto à Rua 2 de Setembro, onde o ribeirão desagua no Rio Itajaí-Açu, quase foi concluída em 2004. Quase, porque um conflito entre governo municipal e empresa fornecedora das bombas de recalque fez o bolo batumar. O fornecedor cobrava R$ 100 mil para revisar o equipamento, que estava há dois anos depositado na URB. A Prefeitura contestou, entendia que era obrigação do vendedor deixá-las em condições de uso.
Bem, as duas bombas continuam no mesmo lugar há 10 anos, ou seja na URB, e tudo o que já havia sido instalado no dique (fiação elétrica, transformador, quadros de comando, etc), foi roubado ou depredado. A imagem do lugar, abandonado, é desoladora. Dinheiro público desperdiçado. Agora, o valor apontado na licitação, para a revisão das duas bombas é cerca de R$ 320 mil. Além disso, há outros 22 itens a serem executados, desde recuperação de escadas e guarda-corpo, a retirada de entulhos e reforma de equipamentos. O custo pode chegar aos R$ 3 milhões (valor máximo previsto no edital de licitação). O Governo do Estado vai contribuir com R$ 2,5 milhões. Em dezembro de 2010 a Caixa Economica Federal teria liberado R$ 3,5 milhões para esta mesma obra, mas, evidente, o dinheiro não foi utilizado. Quem sabe, agora vai.
Abaixo, imagens atuais do dique:
Nenhum comentário:
Postar um comentário