Acreditar em promessa de político, todos já sabem: é como aceitar a existência de coelhinho da Páscoa. Mas, neste final de legislatura na Câmara Municipal de Blumenau fica evidente que nem eles mesmos podem levar a sério seus acordos. Que o diga o vereador peemedebista
Roberto Tribess. Indicado como sucessor do presidente Vanderlei de Oliveira (PT), ao que tudo indica verá o Mário Hildebrandt (PDS), ocupar o cargo.
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Tribess, vendo o acordo esvair-se. |
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Mário, de olho na presidência, com apoio do prefeito |
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eleição da nova Mesa Diretora ocorrerá, provavelmente, na última sessão ordinária do ano, quinta-feira 11 de dezembro. Até a semana passada alguns vereadores me diziam que a questão não entrara em discussão e davam como certo o cumprimento do acordo feito quando da escolha de Vanderlei Oliveira para a presidência. Entendimento informal, claro.
Isto foi no início de 2013. Agora a situação é outra, mais por influência do paço municipal do que dos próprios vereadores. "O Napoleão quer o
Mário Hildebrandt", desabafa o próprio Tribess, aparentemente conformado. E o "candidato do prefeito" só não teria os três votos do PT, o do próprio quase presidente (PMDB) e, provavelmente o do pedetista Ivan Naatz. E até a composição da Mesa estaria definida com o PSD agora aliado do governo: além de Mário na presidência, Marcos da Rosa (DEM), subindo de 1º secretário para vice-presidente: o tucano Marco Wanrowisk na 1ª secretaria e o Célio Dias (PR e parte do processo judicial apelidado de "Tapete Negro"), premiado com a 2ª secretaria.
Mas, "nada está definido e o Tribess pode ser, sim, meu sucessor", disse-me, no final da tarde desta terça-feira o atual presidente, Vanderlei Oliveira.