Os
vereadores de Blumenau voltaram ao trabalho formal nesta terça-feira. Todos de ternos escuros, como se fossem adquiridos em lote, ouviram o strong>Padre Bachmann/strong> - um dos líderes espirituais convidados - deixar um recado desconfortável: Política não é a arte da esperteza, mas da transparência. É compromisso com a verdade". E verdade "é ética e superação do strong>mau hábito da corrupção, que se tornou cultural". O prefeito Napoleão Bernardes participou também da abertura dos trabalhos, mas, desta vez não precisou ir acompanhado por uma "força-tarefa".
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Vereadores, de volta à tribuna |
Mário Hildebrandt (PSD), eleito presidente no final do ano passado, depois de negociações que envolveram o atual e o ex-prefeito (João Kleinubing, agora deputado federal pelo PSD), comandou a cerimônia. Ao seu lado direito, o vice-presidente Marcos da Rosa (DEM), na esquerda, Célio Dias (PR), um dos envolvidos na operação Tapete Negro, agora no cargo de 1º Secretário da Câmara e que indicou seu correligionário Edson Brunsfeld para ocupar a diretoria geral da Casa. Eles e os demais vereadores, envergaram trajes pretos, o que me fez lembrar a música do gaúcho
Paulo Ruschell: "Os homens de preto trazendo a boiada, vem rindo cantando, dando gargalhada. Deus, Deus, Deus, você fez".
AMOR POLÍTICO
E o padre Bachmann, representando a comunidade católica, mencionou da tribuna os pilares da ação política sob a ótica da Igreja Católica, um dos quais é o amor, disse. O amor político, que "não admite o jogo da deslealdade, mentira, clientelismo, desvios de verbas, uso de meios ilícitos para a conquista do poder". Mas salientou, também, que a maioria do povo precisa ser conscientizado políticamente, pois há os que "tendem a aproveitar-se do ano eleitoral para obter favores".
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Pe Bachamann, criticando esperteza política e corrupção |
O
prefeito Napoleão Bernardes (PSDB), fez um rápido e trivial discurso, destacando a importância da Câmara de Vereadores nas decisões que interessam à cidade e por isso estava ali, com secretários e diretores. Mas, não se poderia mensurar esta importância que ele atribuiu aos vereadores pelo número de secretários municipais que o acompanharam: eu vi três, mas soube que esteve por lá mais um.
Bem, salvo quatro exceções (os três vereadores petistas, Adriano, Jefferson e o ex-presidente da Casa Vanderlei e o pedetista Ivan Naatz), todos os demais vereadores estarão com o governo ao longo deste ano, como indicam as composições.
Terminada a parte formal desta sessão de abertura do ano Legislativo, assistida por um público que deixou muitas cadeiras vazias, foi iniciada a sessão ordinária, com a indicação de líderes de bancadas e ordem de pronunciamentos. E o primeiro a ocupar a tribuna foi um apático Ivan Naatz (PDT). Refletiu o pouco entusiasmo geral deste reinicio.
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Homens de preto retornando ao plenário |
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PSD na presidência. DEM, PR e PSDB complementam a Mesa |
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Hildebrandt, agora na presidência do Legislativo |
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Prefeito, com discurso trivial para saudar abertura do ano legislativo |
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Naatz, ex-lider do governo, primeiro discurso sem entusiasmo |
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Bombeiro, do Solidariedade, apoio garantido a Napoleão |
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Cadeiras vazias na primeira sessão do ano |
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O novo presidente vai a platéia distribuir cumprimentos |
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