Você foi um dos 59 milhões 109 mil eleitores que votaram
NÃO no plebiscito sobre o desarmamento, em 2005? É provável, porque 78% dos eleitores de Santa Catarina se manifestaram contrários a desarmar a população. Em breve, talvez em 2015, você será atendido, graças ao Projeto de Lei do deputado peemedebista Rogério Mendonça, "Peninha", que tramita na Câmara dos Deputados. "Trabalhamos para dar ao cidadão a liberdade de decidir o que é melhor para ele e sua família", diz o advogado e professor Bene Barbosa, presidente do
Movimento Viva Brasil. Ambos falaram sobre desarmamento na manhã desta terça, na Câmara de Vereadores de Blumenau.
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Bene Barbosa: "O que está em jogo é a liberdade de escolha" |
Barbosa e seu movimento são um dos incentivadores do projeto PL 3722, do deputado "Peninha". Com ele pretendem a
revogação do
Estatuto do Desarmamento. Desarmar a população é uma iniciativa habitual dos governos, com objetivo meramente de controle social e não para redução de crimes, dispara
Bene Barbosa.
Foi assim no Império, impedindo que índios e escravos se armassem, foi assim em 1930, quando o governo conclamou os coronéis nordestinos a entregar armas, sob o argumento de que Lampião se armava com as espingardas, carabinas e revólveres que tomava de assalto.
Depois, Getúlio Vargas criou lei em 1932 restringindo o comércio e posse de armas. As iniciativas governamentais seguiram-se com Fernando Henrique Cardoso, em 1995 e dois anos depois o Congresso aprova aceleradamente lei que transforma o porte de arma de contravenção para crime. Lula amplia as restrições criadas pelo programa de FHC com o chamado Estatuto do Desarmamento. "Tudo com a falsa idéia de redução de crimes e sem debater ou ouvir a sociedade", afirma Barbosa. Quando foi ouvida, no plebiscito, foi ignorada, mesmo tendo 64% dos eleitores se manifestado contra a entrega de armas pessoais.