Dez mil e poucos quilômetros distante e com cinco horas de diferença, aguardei até o inicio da madrugada para saber o resultado das urnas em Blumenau. Confesso que não foi o que esperava, mas, como consolação, vejo Napoleão Bernardes chegar à frente, com uma bela vantagem. Mais uma vez as pesquisas de opinião divulgadas como oficiais são desmentidas e com grande margem de erro. Ou será que algum fato novo nas duas semanas que antecederam a eleição fez eleitor mudar de lado? Eu não estava por ai, então ficou a dúvida. E com que cara ficam os peemedebistas que juravam aos tucanos estar aliados e trocaram de barco na última hora, por ordem dos "comandantes"? Claro, nada esta resolvido, dirão: vem aí nova rodada. Mas se o eleitorado for coerente, não vejo mudança no cenário. E, por fim, lembro a reação de Raimundo Mette, então presidente do PSDB, diante dos resultados das primeiras pesquisas, nas quais Napoleão aparecia com desnutridos 19% e 17%: "Não é isso que percebemos na campanha, e onde estão os votos do Jovino que tinha 10% antes da definição dos candidatos?", dizia ele.
Quanto à votação da Ana Paula, atribuo, em parte ao preconceito de um eleitorado que teme ser governado, ou ter sua cidade administrada, por uma mulher. Mas, sobretudo, pelo ranço partidário, afinal, é a esposa do Décio Lima. Não importa ele ter reerguido Blumenau em seu primeiro mandato como prefeito. Isto é fato passado para o eleitor. E, claro, o episódio "mensalão" provavelmente interferiu.
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