06 fevereiro, 2015

Acordo desfeito pelos caciques pessedistas deixa Hildebrandt incomodado

     Com o inicio do ano legislativo, esta semana, surgiu também a notícia de que o PSD, partido do ex-prefeito JP Kleinubing, não iria mais participar do governo Napoleão. Bem, isto não é mais novidade. O que não foi dito, ainda, é que o agora presidente da Câmara de Vereadores Mário Hildebrandt, ficou muito chateado com esta mudança repentina imposta pelos caciques locais de seu partido. Tão incomodado que se sente desconfortável na sigla. Foi o que me contaram na noite desta quinta-feira, 5.
       Hildebrandt foi "convocado" a assumir a presidência do Legislativo blumenauense nos momentos finais da legislatura passada. Acordo alinhavado por Napoleão e Kleinubing deixava o peemedebista Roberto Tribess fora da função de presidente, como havia sido acertado no ano anterior. A nova aliança implicava em disponibilizar ao PSD alguns cargos de primeiro escalão no governo.
        Mas, neste inicio de ano, os pessedistas recuaram: Kleinubing, Nelson Santiago (que voltou à presidencia do diretório municipal) e os deputados Ismael e Kuhlmann, suspeitaram que fortaleceriam o governo Napoleão, dando-lhe munição para a campanha da reeleição. Decidiram, então, tirar o time de campo. Uma reviravolta que contrariou o correligionário presidente da Câmara de Vereadores. E, provavelmente, terá reflexos na próxima eleição.

03 fevereiro, 2015

Eles voltaram. Ternos negros na reabertura do Legislativo

       Os vereadores de Blumenau voltaram ao trabalho formal nesta terça-feira. Todos de ternos escuros, como se fossem adquiridos em lote, ouviram o strong>Padre Bachmann/strong> - um dos líderes espirituais convidados - deixar um recado desconfortável: Política não é a arte da esperteza, mas da transparência. É compromisso com a verdade". E verdade "é ética e superação do strong>mau hábito da corrupção, que se tornou cultural". O prefeito Napoleão Bernardes participou também da abertura dos trabalhos, mas, desta vez não precisou ir acompanhado por uma "força-tarefa".
Vereadores, de volta à tribuna
       Mário Hildebrandt (PSD), eleito presidente no final do ano passado, depois de negociações que envolveram o atual e o ex-prefeito (João Kleinubing, agora deputado federal pelo PSD), comandou a cerimônia. Ao seu lado direito, o vice-presidente Marcos da Rosa (DEM), na esquerda, Célio Dias (PR), um dos envolvidos na operação Tapete Negro, agora no cargo de 1º Secretário da Câmara e que indicou seu correligionário Edson Brunsfeld para ocupar a diretoria geral da Casa. Eles e os demais vereadores, envergaram trajes pretos, o que me fez lembrar a música do gaúcho Paulo Ruschell: "Os homens de preto trazendo a boiada, vem rindo cantando, dando gargalhada. Deus, Deus, Deus, você fez".
         AMOR POLÍTICO
        E o padre Bachmann, representando a comunidade católica, mencionou da tribuna os pilares da ação política sob a ótica da Igreja Católica, um dos quais é o amor, disse. O amor político, que "não admite o jogo da deslealdade, mentira, clientelismo, desvios de verbas, uso de meios ilícitos para a conquista do poder". Mas salientou, também, que a maioria do povo precisa ser conscientizado políticamente, pois há os que "tendem a aproveitar-se do ano eleitoral para obter favores".
Pe Bachamann, criticando esperteza política e corrupção
        O prefeito Napoleão Bernardes (PSDB), fez um rápido e trivial discurso, destacando a importância da Câmara de Vereadores nas decisões que interessam à cidade e por isso estava ali, com secretários e diretores. Mas, não se poderia mensurar esta importância que ele atribuiu aos vereadores pelo número de secretários municipais que o acompanharam: eu vi três, mas soube que esteve por lá mais um.
       Bem, salvo quatro exceções (os três vereadores petistas, Adriano, Jefferson e o ex-presidente da Casa Vanderlei e o pedetista Ivan Naatz), todos os demais vereadores estarão com o governo ao longo deste ano, como indicam as composições.
         Terminada a parte formal desta sessão de abertura do ano Legislativo, assistida por um público que deixou muitas cadeiras vazias, foi iniciada a sessão ordinária, com a indicação de líderes de bancadas e ordem de pronunciamentos. E o primeiro a ocupar a tribuna foi um apático Ivan Naatz (PDT). Refletiu o pouco entusiasmo geral deste reinicio.
Homens de preto retornando ao plenário
PSD na presidência. DEM, PR e PSDB complementam a Mesa
Hildebrandt, agora na presidência do Legislativo
Prefeito, com discurso trivial para saudar abertura do ano legislativo
Naatz, ex-lider do governo, primeiro discurso sem entusiasmo
Bombeiro, do Solidariedade, apoio garantido a Napoleão
Cadeiras vazias na primeira sessão do ano
O novo presidente vai a platéia distribuir cumprimentos