26 março, 2014

Metalurgia em forma de arte ganha espaços públicos

      Metalurgia, é sabido, não é o forte de Blumenau. Mas, quem sabe a cidade venha a se destacar por obras de arte em metalurgia, de seus artistas. Uma nova é apresentada ao público nesta quinta-feira: a escultura "Embrião", de Tadeu Bittencourt, instalada no trevo do ponto final da Rua João Pessoa, local popularmente identificado como "onde a Velha abre as pernas".
       Com apoio da maior metalúrgica da cidade, a Eletro-Aço Altona, Bittencourt trabalhou e deu uma forma espiral a chapas de aço. A obra ficou com 5metros de comprimento e 2 metros e 80 centímetros de altura, instalada sobre uma base de concreto. O que significa? Aparentemente ficará ao sabor e a imaginação de cada um pois a descrição contida no material de divulgação é tão abstrata quanto a mesma: ..."O movimento sugerido é rotacional, que é passado pelas curvas e volumes crescentes da forma tridimensional".
    Com esta obra Tadeu vem se unir a Guido Heuer, autor de outras duas grandes esculturas em que o aço é a principal matéria prima instaladas na cidade. A primeira, junto à Via Expressa, próximo à Rodoviária e a segunda erigida na Praça dos Músicos, local da antiga  fábrica das Gaitas Hering.

Diversão e encantamento nas histórias contadas no Parque

Lá veio a pata. Pata aqui, pata acolá. 
Lá veio a pata para ver o que é que há. Pata ou pato, viu
e  parou para também ouvir os causos
      Na tarde quente, onde nuvens e sol se alternaram, encontrei um Parque Ramiro Ruediger bem movimentado. De um lado, idosos se exercitando com orientação, de outro, adolescentes descobrindo os recantos e registrando o passeio com as câmaras de celulares. Mas, a principal atração era mesmo as informais e divertidas sessões de histórias, contadas por Patricia Constâncio, pelo Pochyua Andrade e mais uma servidora da Fundação Cultural de Blumenau.
       Almofadas, livros infantis pendurados em galhos de árvore, em uma pérgola, revistas exibidas em suportes, tapetes coloridos formavam o ambiente informal e convidativo em três pontos do parque, onde pequena platéia de pequenos alunos de escolas municipais se deliciavam com as histórias. Cenas que se repetem diariamente esta semana, até sexta-feira, comemorando o primeiro ano do projeto Parque da Leitura, criado e coordenado pela professora Patrícia Constâncio. Nesta semana as histórias são voltadas para crianças de 4 a 12 anos, de escolas municipais, embora o projeto tenha iniciado atendendo público adulto, no próprio Parque Ramiro Ruediger. Esta semana, na comemoração de um ano do projeto, o SESC uniu-se à Fundação Cultural e nesta quarta-feira o cantor, compositor e escritor pernambucano Pochyua Andrade prendeu a atenção da meninada contando causos de "A Vaca Minuciosa", entremeados com música também de sua autoria, que dão sonoridade a história. Sábado haverá contação de histórias para o público em geral, como programação do Parque da Leitura.



25 março, 2014

No depósito de "felicidade", obstáculos aos pedestres

Pedestre, atravesse a rua, por favor
    Abra a felicidade, diz a propaganda. Simples assim para os deprimidos da vida, segundo os publicitários: basta uma Coca-Cola. Mas, se o consumidor passar a pé em frente à Vompar na Rua Gustavo Lueders, principal depósito de "felicidade" da região, verá que há obstáculos no caminho deste estado de plenitude e satisfação. São tubos, lajotas, blocos de concreto, monte de terra, buracos, no lugar que deveria ser uma calçada para pedestres. Estes, se quiserem, que passem pela rua, entre os carros de funcionários da empresa ali estacionados e os veículos em trânsito.

Lajotas, buracos, monte de terra, blocos de concreto no caminho
    Talvez a empresa esteja esperando a conclusão das obras de reforma da via conhecida como "Rua da Coca-Cola", no início da Itoupava Norte. Mas isto, aparentemente vai demorar e se os pedestres quiserem amenizar o risco de ser atropelado ou sofrer uma queda, devem cruzar a rua. O descaso da empresa distribuidora de "felicidade" para com a recuperação do local, deve ser provocado porque antes de a via ganhar asfalto, a área era utilizada como estacionamento para seus empregados.

21 março, 2014

Parque enfim reaberto. Com chuva

Trilhas reabertas
     A chuva provocou o fechamento. Com chuva o Parque São Francisco, uma Área de Preservação Permanente no Centro de Blumenau foi reaberto na manhã desta sexta-feira. Uma atitude elogiável do atual presidente da Fundação do Meio Ambiente (Faema) Jean Naumann e sua equipe, que superaram obstáculos para recuperar o local, que se encontrava fechado ao público desde novembro de 2008.
      Foram quase cinco anos de absoluto desinteresse, do governo Kleinubing. O parque ficou abandonado desde que a enxurrada histórica daquele ano provocou estragos no local. Mas, os danos maiores foram a depredação total das instalações onde funcionavam recepção, arquivo, sala de reuniões e sanitário. E, claro, a impossibilidade de a população percorrer as trilhas e usufruir aquele pequeno pedaço de mata atlântica nesse período.
      BOA VONTADE
      Munido de boa vontade, o atual presidente da Faema, fez o que deveria: com investimento em torno de R$ 36 mil e depois de várias reuniões com representantes da Província Franciscana (legalmente ainda dona da área), devolve à cidade seu parque natural central. As intervenções foram poucas. Além da reforma total do prédio da recepção, houve limpeza  de trilhas, foram refeitos alguns bancos de madeira e substituidos passarela de ferro e guarda-corpo sobre o ribeirão que corta a área. Até a pequena cascata reapareceu. Só não foi recuperada a represa, que permanece assoreada. Retirar a terra depositada ali durante a enxurrada é algo mais complicado e delicado, que ficará para mais adiante, disse Jean Naumann.

Passarela sobre ribeirão foi refeita
     IMBROGLIO
     A situação jurídica do Parque São Francisco é um imbróglio que vem desde 1995, quando foi criado por decreto municipal. Há acordos firmados entre prefeitura e franciscanos, mas mudanças no plano diretor da cidade complicaram a transferência definitiva da área para o município. O advogado Anselmo Lessa, antecessor de Naumann na Faema, chegou a encaminhar a reabertura do parque, mas esbarrou na questão legal e na má vontade da Província em aceitar um novo contrato. "Preferi não investir sem garantia da posse", explicou-me Lessa, uns dias atrás. Seu sucessor avançou e promete regularizar de vez esta pendência. "No inicio da abril teremos nova reunião para tratar do assunto, envolvendo Faema, Planejamento, Procuradoria Jurídica do município e representantes da Provincia Francisca", informou-me Jean Naumann lá no Parque, muito animado. Do prefeito ele ouviu um "muito obrigado" momentos antes da reabertura formal, feita na área da recepção. Depois do ato, munidos de guarda-chuvas, prefeitos, convidados e alguns alunos do colégio Bom Jesus percorreram parte das trilhas. O parque ficará aberto a visitação, em princípio, aos sábados e se não estiver chovendo.
Um esquilo, morador do parque, dando boas-vindas

Vegetação exuberante....

...no caminho dos visitantes

Bromélias embelezam a área

Antes da reabertura, um raro momento de sol

Prefeitos e convidados no ato formal

Sala recuperada pode abrigar pequena biblioteca

Napoleão percorre trilha com o ex-prefeito Félix

Estudantes participaram da reabertura

E fizeram pose junto com o prefeito da cidade
Chuva não impediu a caminhada na trilha
                                           

Paisagem incomum no Centro da urbe

Placa de identificação coberta e promessa de reestudo

Problema: embalagem de comida e ferragem esquecidas na mata


12 março, 2014

Com águas do Fortaleza represadas dique terá utilidade?


    Recentemente o governo municipal divulgou que este ano, finalmente, o dique da Fortaleza (ou PI-5), será concluído, ficando em condições de operar em caso de enchente. Mas não se anime, morador ou comerciante da bacia do Ribeirão Fortaleza. Primeiro, porque as promessas de obra pronta ocorrem de ano a ano, desde 1992 quando começou a ser construído. Segundo, porque as galerias sob a Rua Fritz Spernau ficam cheias de entulho a cada cheia e, sem vazão ali, o dique em nada amenizará o problema.     Bastaram duas chuvas intensas, com curta duração e muito volume de água, nesta última semana, para o problema se repetir naquele ribeirão: entulhos (pedaços de madeira, galhos de árvore, vegetação), carregados pela enxurrada bloquearam quase totalmente uma das duas galerias feitas sob a rua. Resultado: com a vazão muito limitada, o nível do curso d´água subiu rapidamente. Além disso, a água que não fica empoçada na rua, escorre pelo barranco, levando junto a terra.

      Nesta terça liguei para a Secretaria de Serviços Urbanos para alertar sobre o bloqueio da galeria. O gerente Cleber Santana disse que esta questão é de competência da Defesa Civil, que seria informada. Um vizinho daquela galeria, Arlindo Bernardi, que está sempre de olho no ribeirão a cada chuva mais intensa, ja desanimou, cansou de ligar para a Secretaria de Obras, sem resultado. "O vereador do bairro, o Beto, nem atende mais nossas ligações", queixa-se.
   TEM DIPLOMA?
                                                                                      O assoreamento do ribeirão e o bloqueio da vazão por entulhos serão permanentes e lembrados apenas quando há transbordamento, enchente, vítimas. Em 2008, as águas do Fortaleza foram represadas pela Rua Fritz Spernau. Em reunião no local, com vice-prefeito, secretário de Obras, cidadãos da comunidade, sugeri que ao invés de galeria ali fosse feita uma ponte. Um quase desconhecido diretor da Obras, no cargo naquela ocasião, ao invés de avaliar, pensar, perguntou-me: "Tens diploma?". Talvez ele tenha, mas como diploma não é sinal de competência, nem garantia de QI pelo menos médio e tampouco instrumento que alimente a vontade de fazer, estamos sujeitos a ter um PI-5 funcionando, mas pouco útil.
A cascata Fortaleza.....
....cavando o barranco.



11 março, 2014

Desleixo ou inovação na sinalização de trânsito?

       Blumenau cresceu de forma acelerada nas últimas duas décadas. E perdeu o "jeito alemão" de fazer bem-feito, de fazer com qualidade. Isto se percebe a todo instante em setores diversos e fica bem visível nas ruas. Exibo, em mais um registro de descaso ou desleixo, placas de sinalização de trânsito retiradas em função de obra e abandonadas; outra de "Pare" fixada no solo, apoiada por algumas pedras e outra, nova, que havia sido instalada no final do ano passado. Quebrada por algum vândalo noa primeiros dias deste ano, está no chão, encostada em um muro. O curioso, neste caso, é que diariamente passa por ela um dos gerentes da Secretaria de Serviços Urbanos (claro, cuidar de sinalização não é sua atribuição).
                           




10 março, 2014

Falta asfalto na cidade, ou competência?

     Coisa feia estão as ruas de nossa cidade. Algumas, pelo menos. Além dos buracos naturais de pavimentos mal feitos, pipocam - isto mesmo, saltam aos olhos, brotam, são provocados- aqueles abertos ora pela Foz do Brasil, ora pelo Samae. Em uma rápida circulada por Ponta Aguda, Itoupava Norte, Fortaleza, registrei alguns, na tarde desta segunda-feira, dia 10. Falta de asfalto na cidade, ou qual a causa de tanta demora para recuperar as vias. Carnaval, chuva? O Samae, que tem a responsabilidade de cobrar melhorias no pavimento de ruas por onde passa a Foz, se necessário, deveria ter alguém responsável para avaliar o serviço da própria autarquia. Mas nem tudo é omissão ou esquecimento: pouco antes de eu fotografar o estrago feito na Rua Sete de Maio, os três grandes buracos, resultado de consertos em tubulações feitos ainda em meados de fevereiro, foram recobertos com asfalto.
Rua 4 de Fevereiro

Rua 15 de Agosto

Rua Dois de Setembro

Na recém-reformada Fritz Spernau

Na Hermann Tribess

Rua das Missões...

...ainda Rua das Missões

Rua Sete de Maio, buracos finalmente fechados nesta segunda  à tarde